Jorge Amado e a simplicidade brasileira
Jorge Amado de Faria nasceu em Itabuna, na Bahia, em 1912, e se tornou um dos escritores mais famosos do Brasil - além do sucesso internacional - falando da riqueza simplória do Nordeste e da beleza baiana.
O carnaval brasileiro foi o primeiro tema publicado pelo escritor em O País do Carnaval, em 1931. Ao todo foram mais de 30 livros - lançados em vários idiomas - e quase 20 milhões de exemplares no mundo. Mas a popularidade de Jorge Amado extrapolou as páginas de seus livros. Muitas de suas obras foram adaptadas para a televisão e o cinema. Tieta do agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Dona Flor e Seus Maridos foram algumas delas.
Comunista
Filho de um proprietário de terras no sul da Bahia, Jorge Amado fez o primário em Ilhéus e cursou a faculdade de Direito no Rio. Do Direito, o escritor foi para a política, onde ingressou no Partido Comunista Brasileiro. Foi eleito deputado federal em São Paulo e terminou sua carreira política quando o partido entrou para a clandestinidade. Nesta época, decidiu partir para a Europa, ao lado da escritora Zélia Gattai, com quem se casou em 1945.
Livros
As terras do pai, que ficavam na região do cacau, inspiraram Jorge em Cacau, obra de 1933. Entre seus livros, destacam-se ainda Capitães da areia (1937), Terras do sem-fim (1942), Gabriela, cravo e canela (1958), Dona Flor e seus dois maridos (1958) e Tenda dos milagres (1970). De todos, Capitães da areia teve repercussão maior: a obra bateu recorde e chegou a quatro milhões de exemplares vendidos. A crônica, que fala dos meninos abandonados de Salvador, foi publicada depois do Estado Novo e, na época, queimado por autoridades da ditadura.
O sentimento de Jorge Amado não fica só em livros e poesias. O escritor, simpático e carismático, ficou ainda mais conhecido - entre os amigos mais íntimos - pelas brincadeiras que fazia. Porém, nos últimos tempos, o escritor já não gostava de badalações e preferia seus pensamentos registrados em livros por todo o mundo.
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