Frases do maior pintor brasileiro
"Saí correndo, tive tempo ainda de apanhar
o trem em movimento. A última imagem que me ficou
gravada na memória foi a de meu pai, levantara-se
para se despedir, ainda posso vê-lo... não
teve tempo de me dizer nada" - falando sobre sua
mudança para o Rio de Janeiro.
"O alvo da minha pintura é o sentimento.
Para mim, a técnica é meramente um meio.
Porém um meio indispensável" - em
declaração que escandalizou seus mestres
acadêmicos da ENBA.
"A viagem à Europa para um moço
que observa é útil. Temos tempo de recuar.
Temos coragem de voltar ao ponto de partida. Eu sou
moço" - sobre os valores que aprendeu com
os anos que vivem em Paris.
"Estou com os que acham que não há
arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção
do pintor, o quadro indica sempre um sentido social"
- começando a flertar com o socialismo.
"Quanto à pintura moderna, tende ela francamente
para a pintura mural. Com isso, bem entendido, não
quero afirmar que o quadro de cavalete perca o seu valor,
pois a maneira de realizar não importa"
- explicando sua mudança para os afrescos.
"E a causa disso tudo é ainda o governo,
que se obstina a não ter, como no México
se observa, interesse direto pelas coisas da arte"
- em reclamação contra a falta de apoio
do governo para exposições e mostras.
"Aos homens honestos, aos brasileiros sinceros,
aos patriotas de fato é que falo, para que analisem
tal assunto com frieza" - depois de completar a
série de telas "Retirantes".
"Estão me impedindo de viver" - comentando
as ordens médicas que o proibiam de continuar
pintando para não agravar sua intoxicação
"E por assim haver disposto o essencial, deixando
o resto aos doutores de Bizâncio, bruscamente
se cala e voa para nunca-mais a mão infinita,
a mão-de-olhos-azuis de Candido Portinari"
- Carlos Drummond de Andrade, no poema "A Mão",
dedicado ao amigo na ocasião de sua morte.
Veja também
|