Para exemplificar a diferença entre os tipos de amortização, o Terra simulou um financiamento de R$ 90 mil, com taxa de juros de 0,7% ao mês ou 8,4% ao ano. O prazo considerado foi de 300 meses. Sem considerar correção monetária (TR), os encargos com seguros e as taxas, o financiamento pela Tabela Price teria parcelas fixas de R$ 718,65, sendo que, na primeira parcela, a amortização do saldo devedor (os R$ 90 mil efetivamente emprestados) seria de R$ 88,65 e os juros de R$ 630 (0,7% de R$ 90 mil).
Já a segunda parcela continua com o mesmo valor total, mas seria composta por abatimento de R$ 629,37 de juros (os R$ 90 mil menos a parte de R$ 88,65 da primeira parcela) mais R$ 89,28 que seria a parte da amortização da dívida líquida e exatamente o quanto falta para chegar a R$ 718,65. No final do prazo simulado, o total desembolsado seria de R$ 215.595. Neste caso, a renda líquida necessária para entrar no financiamento seria de R$ 2.395,50, levando em conta a exigência da maioria dos bancos de não comprometer mais que 30% dos ganhos líquidos com a prestação.
Já no financiamento pelo SAC a primeira parcela teria valor de R$ 930. Esta parcela seria composta por R$ 300 de amortização (R$ 90 mil dividido por 300 meses) R$ 630 de juros (0,7% sobre R$ 90 mil). A segunda parcela seria menor. A parte da amortização continuaria a mesma, em R$ 300, contudo, a parte calculada sobre os juros devidos seria de R$ 627,9 (0,7% sobre R$ 89.700, que são os R$ 90 mil menos os R$ 300 pagos no 1º mês).
Neste exemplo, a última parcela seria de R$ 302,10 (amortização de R$ 300 + juros de R$ 2,10). Por este sistema a amortização é sempre a mesma (R$ 90 mil divididos por 300 meses) e o valor dos juros pesa mais no começo. O total desembolsado neste exemplo para quitar o empréstimo seria de R$ 184.815 - uma diferença de R$ 30.880 a menos do que no sistema pela Tabela Price. Contudo, como a primeira parcela pelo SAC é maior que na Price, neste caso, a renda líquida necessária para contratar este tipo de financiamento seria de R$ 3.100.