Um internauta enviou a questão "o que o governo pode fazer de concreto para mudar a legislação trabalhista" para o presidente. FHC, em resposta, reconheceu as dificuldades e reclamou da "burocracia sindical". Porém, afirmou que o governo tem trabalhado para apressar os processos trabalhistas. “O governo está sempre entre a cruz e a caldeirinha. No caso específico das relações de trabalho, é verdade que nós precisamos avançar, mas é muito difícil”.O presidente lembrou que muitas leis já enviadas ao Congresso representaram alguns progressos. Ele citou as juntas de conciliação prévia, em funcionamento há dois meses, salientando que “hoje as reclamações de pequena monta já não precisam ir diretamente para a Justiça do Trabalho. Há mecanismos de conciliação dentro das empresas”.
De acordo com FHC, “toda vez que o governo fala que é preciso flexibilizar as cláusulas há imediatamente uma grita imensa, como se quisesse tirar o direito do trabalhador, o que não é o caso, não pode tirar o direito do trabalhador, tem que adaptá-lo ao mundo moderno".
Fernando Henrique frisou também as mudanças na Previdência Social, como a contribuição dos autônomos e reclamou da “resistência muito grande na burocracia sindical, que está montada na legislação antiga, na legislação que foi feita pelo Getúlio (Vargas)”.