Companhias impressionantes
Compartilho o relato de Cherry. O que ela vivência trata-se de sensibilidade, e isso acontece com muitas pessoas, que têm momentos de desvendamento espiritual como os que Cherry apresenta. Eu adoro esses assuntos místicos, eles sempre me chamaram muito a atenção. Mesmo que algumas pessoas do meu convívio não acreditem, vou contar o que aconteceu. Eu e meu marido passamos o dia na praia. Na volta, à noite, o carro deu problema. Paramos em um lugar perigoso e escuro, na entrada de Cubatão, sem casas, somente mato e escuridão. Meu marido não entende nada de mecânica, fiquei no banco de trás, junto do meu bebê, morrendo de medo e rezando para que nada de mal nos acontecesse. Não sei de onde, nem como, apareceu um senhor de terno escuro com uma bíblia na mão, e dentro dela uma chave de fenda. Pronto, ali tive a certeza que morreríamos. Naquele momento imaginei o pior. Eis que o carro começa a funcionar e o homem, quando meu marido foi agradecer, havia sumido, do nada, assim como veio. Contei o fato para algumas pessoas. Elas disseram que foi Deus ou que foi impressão (tenho certeza que não foi). Antes, quando namorávamos, também aconteceu uma coisa superestranha. Estávamos em uma pizzaria, com amigos, e entrou um casal com roupas de época: ela, com um sobretudo rosa e chapéu de redinha no rosto; ele, de terno antigo e chapéu também. O semblante era de gente da década de 40 (mais ou menos). Eu olhei pelo espelhinho da maquiagem e os vi. Meu marido também. Eles estavam sentados atrás de nós e nos olhavam muito, mas o casal que estava conosco não viu nada. Abriram um guarda-chuva enorme e foram embora, inclusive me deram tchau. Por que será que sempre eu e meu marido vemos essas coisas?
Marina Gold/Especial para o Terra
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