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Vamos acompanhar o relato de Rose. Só depois que redirecionou sua crença espiritual encontrou equilíbrio, força e tranqüilidade. Vale como exemplo a nos ensinar que a procura, além de longa, deve ser feita corajosamente.

Marina, sou uma senhora de 70 anos e tenho a alegria de conviver com dois netos. Nasci em família muito conservadora e tradicionalista, a religião em casa era a católica e éramos praticantes: eu e meus irmãos íamos à missa pelo menos uma vez por mês.

Casei-me no seio do catolicismo e nele comecei a criar meus dois filhos. Assim, segui até por volta dos meus 40 anos. Ali alguma coisa mudou, fui tomada por angústias e depressões que eu não entendia bem. Procurei ajuda na igreja e não encontrei. Uma vizinha me mostrou o caminho do espiritismo e, sozinha, descobri que ainda não era exatamente aquilo.

Me tornei espiritualista, e essa decisão me ajudou muito, como ajuda ainda hoje. Sempre senti que a religião podia estreitar nosso contato com a questão espiritual e nos levar a algo bem mais livre, como o espiritualismo. O espiritualismo, para mim, significou uma espécie de recomeço, de renascimento. Acho que, se eu não tivesse dado esse salto, não teria o equilíbrio, a força e a tranqüilidade que tive nos últimos 30 anos e teria ajudado bem menos às pessoas e aos meus familiares.

Marina Gold/Especial para o Terra