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Leiam comigo o comovente relato de DITINHA, que nos mostra como uma criança, por menor que seja, já pode nascer sabendo os mistérios da vida e da morte. Quando uma criança vem com a compreensão acertada, ela dispõe de noções claras sobre esses mistérios. Com o crescimento, essa compreensão pode desaparecer, mas sua essência sempre permanece.

Um dia, eu e meu filho, que na época tinha cinco anos, nos deitamos para dormir, ele na cama dele, numa beliche, e eu na minha cama de casal.

Então meu filhinho me perguntou como era o céu, e eu respondi que não sabia ao certo. Ficamos em silêncio por algum tempo, depois ele mesmo me respondeu:

"Mãe, o céu é infinito, não é? Então as ações que fazemos aqui na Terra vão preenchendo o céu, e quando morremos, vamos para este céu que construímos, entendeu?"

Fiquei paralisada e mal pude responder, mas isso me marcou muito. Hoje ele está com 14 anos, e eu ainda me lembro desta conversa como se fosse hoje.

Marina Gold/Especial para o Terra