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O relato de Sybilla: Recebi o relato de uma leitora que apesar de ter vivido uma experiência mística, não entendeu inteiramente seu significado. Como vidente, achei o que ela conta bastante confiável. Ela pelo que explica, foi quem não confiou. Talvez nossa energia conjunta ligada à inteligência cósmica, possa ajudá-la a entender e a aceitar. A resposta às questões expostas no e-mail estarão após o relato.

"Isso ocorreu há mais de vinte anos, quando minha fé era inabalável. Lecionando aqui mesmo em São Paulo, no bairro do Belenzinho para crianças faveladas, eu precisava fazer um longo percurso a pé por um caminho de terra, tanto para ir quanto para vir. Era uma época diferente dessa que vivemos e, apesar do caminho ser paralelo à FEBEM e deserto, eu nunca senti medo.

Voltando do trabalho sob uma chuva torrencial, porém abrigada por um grande guarda-chuva novo, eu estava preocupada, pois vinha tendo sintomas de gripe por 3 dias.Meus pés estavam molhados e eu deveria andar por mais uns 15 minutos...Foi aí que tudo aconteceu...Senti que alguém me tocava os ombros. Achei que talvez pudesse ser uma pessoa querendo carona no meu guarda-chuva. Voltei-me e, surpresa, vi com muita nitidez, mesmo sob a chuva, um ser iluminado, vestindo roupa branca.

Ele não se molhava. Mesmo não movendo os lábios disse-me que fazia parte do grupo que auxiliava crianças com tuberculose e que eu esperasse ali, parada, por 10 minutos. Logo chegaria uma mulher, coberta por um plástico azul, carregando uma criança, um nenê de 8 meses. Eu deveria dar a ela meu guarda-chuva e isso salvaria o pequeno.

Tentei falar-lhe sobre minha gripe, o medo de precisar faltar ao trabalho, pois não havia professora substituta. A entidade fez um gesto para que eu silenciasse, me disse que o dia seguinte seria o dia mais saudável da minha vida...e sumiu...Evaporou. Lá estava eu, debaixo de um temporal com água pela canela, esperando uma mulher com uma criança...Mas esperei e ela apareceu.A mulher estava chorando e dizia que seu filho iria morrer, porque estava com tuberculose.

É lógico que lhe dei meu guarda-chuva: E fiz o resto do caminho sob o aguaceiro. Não sei o que aconteceu com a criança, mas tenho certeza que a água daquela chuva me curou de gripe e das duvidas. O dia seguinte foi o dia mais lindo da minha vida. Por que, fico pensando, a chuva fez bem pra mim e faria mal para o bebezinho?

Por quê antes a minha fé era tão grande, a ponto de fazer uma maluquice e hoje sou cética? Por que hoje tudo precisa ser lógico exato e antes eu não precisava nem fazer perguntas? Como resgatar esses tesouros perdidos?"

Cara sybilla, os tesouros estão dentro de nós. Infelizmente a lógica também. Você recebeu um recado espiritual de um mentor preocupado com a criança doente e, em troca de seu favor ele te deu uma prova de existência de um mundo espiritual paralelo. Acreditar depende de você. Nós que acreditamos aproveitamos muito o teu relato e agradecemos.

Marina Gold