Futuro do casal pode ser definido no Dia dos Namorados
O Dia dos Namorados parece uma data marcada por intenso glamour: com sacolinhas ou pacotes nas mãos, casais de aparência bem cuidada percorrem shoppings, restaurantes, praças, cinemas, cúmplices nos olhares, sussurros e sorrisos. Os presentes, planejados e adquiridos com antecedência, algumas vezes chegam a revelar as intenções mais secretas dos parceiros. Você ganhou uma gravata? Ela quer se casar e, de preferência, com você. Senão, por que ela poria um laço no teu pescoço? Ele presenteou você com uma boneca? Ele não quer teu crescimento e, muito menos, tua emancipação. Senão, por que ele te daria um brinquedo? Há presentes ainda mais óbvios, cuja finalidade fica bem clara: chocolates diet, gramática da língua portuguesa, talco para combater maus odores dos pés, livros de culinária, manual da cirurgia plástica, guia prático para o motorista amador, compêndio de exercícios maravilhosos para reduzir os quadris, aparelho anti-ronco com funcionamento eletrônico, óleo vegetal para retirar verrugas, entre outros, não mais sutis. Porém, apesar da festa e da alegria, para alguns enamorados esse dia apresenta um sério desafio: assumir o namoro. É o xeque-mate no tabuleiro do amor: ou você pega a pessoa amada e sai com ela, de sacolinha na mão, ou desliga o celular, desiste da parceria e vai procurar um novo ser carente para passar os próximos doze meses.
Marina Gold/Especial para o Terra
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