Reflexão após o Dia das Crianças
A passagem festiva do Dia das Crianças encheu de gente alegre e crianças ruidosas as lojas, os shoppings, os restaurantes e lanchonetes, os cinemas e teatros de temas infantis, os programas de TV e suas crianças-prodígio, entre demais atrações espalhadas pelo ambiente. Embora o dia seja dos pequenos, os adultos tiveram a oportunidade de recordar sua infância e até refletir sobre a importância que ela teve na sua formação, o que foi aprendido de bom, o que foi amargo ou triste. Lembrar do colo acolhedor da avó, dos almoços de domingo em família, dos aniversários que as mamães sempre se esforçavam para serem os mais belos. Lembrar do leite tomado às pressas para não se atrasar para a aula. A primeira amizade, o beijo do pai, o animalzinho de estimação, uma traquinagem, um puxão de orelha da mãe, coisas simples, mas de um significado especial, porque formadoras da personalidade adulta. As pessoas puderam aproveitar o dia para fazer um balanço, um inventário das experiências vivenciadas na infância e de como elas influenciaram, até o presente, sentimentos e pensamentos que se expressam na idade adulta. Afinal, não é sempre que se pensa na infância. Ao contrário, ela fica lá no fundo da memória, quietinha, sem se manifestar explicitamente, embora interfira no comportamento humano, mais do que se possa imaginar. Por isso, não é de se estranhar que relembrar momentos da infância seja como refazer caminhos, e observar novas perspectivas, oferecidas pelo aprendizado da vida. A partir dessa visão, muitos afirmam que: "o menino é o pai do homem". Viva o menino! Viva todas as crianças!
Marina Gold/ Especial para o Terra
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