Orar ajuda na superação do amor perdido
A coisa mais difícil na vida é esquecer um amor perdido. Não há receita ou saída, reza brava ou simpatia. Certamente, essa dificuldade ocorre porque a memória está ligada ao raciocínio, à inteligência pensante, e não à vida afetiva, onde se desenvolvem os mecanismos misteriosos da paixão. Por mais que a cabeça seja boa, o pensamento exato, as noções de vida equilibradas e corretas, o ser enamorado não se desliga com facilidade do amor, principalmente quando ele acaba para um dos parceiros, enquanto o outro se mantém aprisionado, sem ideia de quanto tempo passará até que se liberte. O pior é que os laços amorosos, mesmo que marcados pelo sofrimento, parecem perdurar infinitamente, como parte amarga de uma história frustrada e difícil de ser superada. Muitas vezes o sofrimento pela perda tem origem psicológica, na grande carência humana, na necessidade de ser amado e se assegurar da presença incondicional de outro ser, gentil, apaixonado e acolhedor. Quando essa segurança é rompida, uma boa terapia pode resolver a questão. Não é sempre, porém, que a situação de perda pode ser minorada através de um acompanhamento terapêutico especializado, simplesmente porque não é sempre que ele funciona. Quando a relação amorosa tem origem em uma vida anterior, repetindo-se na atual por necessitar de algum resgate, o que o espírito encarnado quer é acertar a “dívida” e, sem entender com clareza sua própria disposição de resolver as pendências, julga-se absolutamente apaixonado e sem saída. No caso de dívida espiritual, uma terapia ajuda, mas não resolve, por causa da natureza do problema. Nessas circunstâncias, o melhor é orar pelo espírito encarnado do ser que se afastou, e esperar pela magia da libertação, que virá com a superação do carma. Orar traz essa superação.
Marina Gold/ Especial para o Terra
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