Belo Horizonte - Último colocado no Módulo Azul da Copa João Havelange, o América busca neste sábado os primeiros três pontos na competição. O time enfrenta o Fluminense, às 15h45, no Independência. O técnico Jair Pereira, que comanda a equipe pela primeira vez em Belo Horizonte, aposta em um esquema veloz e ofensivo para garantir a primeira vitória e sair da lanterna.
O time do América ainda não está definido. O treinador ainda estuda a possibilidade de manter Claudinei no meio-campo, desta vez em lugar de Pintado, que cumpriu suspensão no jogo de quarta-feira contra o Santos. Outra dúvida é quanto ao companheiro de Celso, no ataque. Wellington Amorim, que também jogou contra o Santos, deverá dar lugar a Henrique.
Se optar por Claudinei, a justificativa será o vigor físico e a juventude do jogador, de 23 anos. “Preciso de alguém para marcar o Roger, que é muito rápido. Conversei isso com os dois e estou vendo qual deles é o melhor para este momento", informa o treinador. O atacante Roger, uma das principais armas do técnico Valdyr Espinosa, foi convocado para a Seleção Brasileira que irá disputar os Jogos Olímpicos em Sydney.
Quanto à possível entrada de Henrique, Jair Pereira explica que pretende dar maior velocidade ao ataque, já que o time precisa vencer. Ele diz que quer conhecer a escalação do Fluminense para armar o América. “Conheço o time deles, mas o futebol está muito tático e é preciso ver como jogará o adversário para escalar o time, ver as opções que temos e estudar a melhor formação para vencer", avalia o treinador, que, no entanto, avisa: “Vamos jogar com quatro atacantes. Dois na frente e dois jogadores bastante ofensivos no meio-campo. Quero quem faça gol."
Neste caso, além da dupla de ataque, Jair Pereira confia em Arílson e Ruy para dar criatividade na armação de jogadas e velocidade nos contra-ataques. Ele ressalta que os dois tiveram atuação destacada contra o Santos, apesar da derrota. Por isso, foram confirmados no time. “Será um choque elétrico, mas com uma fita isolante atrás", compara o treinador, com uma expressão bastante utilizada por ele nos vários clubes em que trabalhou.
Nas laterais, Paulo César e Augusto foram mantidos. Estevam, que era titular na direita, foi vetado devido a dores no joelho direito e nem treinou ontem. “Sempre vou escalar o que tiver de melhor. Quero vencer e quero que os jogadores também pensem assim", destaca Jair Pereira. Nos três jogos que disputou até agora, o América perdeu para o Gama (2 a 0), Ponte Preta (3 a 1) e Santos (3 a 0).
Celso -A obrigação de conquistar a primeira vitória no Módulo Azul da Copa João Havelange faz com que o América tenha que imprimir um forte ritmo no jogo de hoje contra o Fluminense. O técnico Jair Pereira já confirmou uma equipe bastante ofensiva. Sendo assim, responsabilidade dobrada para os jogadores de frente.
Para o atacante Celso, as dificuldades serão ainda maiores por causa do nível do adversário. “Será um jogo aberto, com as duas equipes procurando vencer. Não acredito que o Fluminense virá fechado, já que tem bons jogadores", comenta o atacante, que conhece bem o adversário, já que disputou o Campeonato Carioca deste ano pelo América/RJ.
Assim como o América, o Fluminense disputaria a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, mas, como a competição acabou não acontecendo, foi convidado a integrar o Módulo Azul da Copa João Havelange - que equivale à Primeira Divisão.
Além da motivação em conquistar os primeiros três pontos na competição, Celso destaca também o empenho dos jogadores em tirar o América da incômoda posição de lanterna no Módulo Azul. “Ficar em último lugar incomoda. É muito ruim olhar a tabela e ver o nome do América lá em baixo. Mesmo sabendo que jogamos apenas três partidas e tem time que já fez sete jogos", compara.
Nova dupla - Nesta quarta partida na Copa João Havelange, o América poderá ter a terceira formação diferente no ataque. Sempre com Celso. No primeiro jogo, contra o Gama, Sorato foi o outro titular. Contra Ponte Preta e Santos, jogou Wellington Amorim. E hoje, Henrique poderá ser confirmado. “Pelo lado do entrosamento, é ruim, mas isso mostra que o técnico tem opções e pode escalar a equipe para cada jogo, dependendo do esquema tático que quiser armar", ressalta Celso.
Henrique - Foram oito meses sem vestir a camisa de titular do América. Uma cirurgia no joelho esquerdo afastou do time o atacante Henrique, que já havia se tornado um amuleto da torcida. Se não entrava jogando, logo escutava o seu nome sendo gritado nas arquibancadas do Independência. Hoje, o veloz jogador poderá reviver os bons momentos que teve no ano passado, antes de sofrer um rompimento nos ligamentos do joelho.
Durante cinco meses, Henrique ficou longe dos gramados, alternando exames e cansativas sessões de fisioterapia. Seu retorno ao time foi na última partida do América no Campeonato Mineiro, em junho, quando a equipe empatou em 2 a 2 com a URT. Depois disso, entrou no primeiro jogo da Copa dos Campeões, contra o Sport.
“Mas nem toquei na bola. No primeiro jogo, fiquei três minutos em campo e, no segundo, uns cinco. Não deu nem para sentir o gostinho de voltar", lembra o atacante, que está radiante com a possibilidade de voltar ao time. O técnico Jair Pereira não confirmou a entrada de Henrique, mas são grandes as chances de o jogador formar a dupla de ataque com Celso.
Ritmo - O único problema, acredita o atacante será a falta de ritmo. Mesmo sem nunca ter jogado com Celso, ele avalia que os treinamentos diários acabaram dando entrosamento a todos os jogadores, incluindo os que chegaram recentemente e já conquistaram lugar no time, como os laterais Paulo César e Augusto e o armador Arílson, que também estão confirmados no time para a partida de sábado.
“Fisicamente, estou muito bem, assim como o restante do grupo. Sei que a minha responsabilidade neste jogo vai ser ainda maior, pois o time tem a obrigação de vencer para sair do último lugar. E como sou atacante, tenho que fazer gols para ajudar o América a vencer", ressalta Henrique.
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