São Paulo - Promessa do Clube dos 13: a Copa João Havelange vai sair do limo. O motivo de tanto otimismo é o anúncio oficial de que o torneio garantirá, para campeão e vice, vagas para a Taça Libertadores da América. Além disso, terceiro e quarto colocados terão direito de participar da Copa Mercosul.
"Nunca houve competição nacional que garantisse vagas para os quatro primeiros em torneios internacionais promovidos pela Confederação Sul-Americana de Futebol", disse Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, que organiza a Copa.
Até agora, a Copa João Havelange tem sido um fiasco. Os torcedores não vão aos estádios - basta lembrar que na última quarta-feira havia cerca de 2 mil pessoas no Morumbi para assistir a Palmeiras e Corinthians. A audiência da tevê não corresponde às expectativas. E a tabela sofre constantes mudanças, fazendo com que alguns times joguem bem mais que outros.
Mas o campeonato credencia para a disputa das mais importantes competições sul-americanas e Koff acha que a situação vai mudar: "As vagas vão ter impacto grande nos torcedores. A partir da décima rodada, da 11ª, vai ter mais público. Já esperávamos um início fraco porque foi organizado às pressas."
A falta de tempo é o principal argumento do Clube dos 13 para justificar as falhas do torneio.
A impressão que passa é de que a entidade divulgou a novidade às pressas, em uma tentativa desesperada de elevar o interesse em torno do campeonato.
Ainda não foi definido, por exemplo, o que acontecerá se Palmeiras ou Cruzeiro (já classificados para a Libertadores) chegarem à final. Por um lado, a vaga para a Libertadores poderia ficar com o terceiro colocado; para a Mercosul, seria do quinto. Por outro lado, o próprio Palmeiras, ou Cruzeiro, poderia ganhar um lugar na Mercosul.
Rateio - Foram ratificados numa reunião realizada ontem os critérios de rateio da verba proveniente de tevê e publicidade estática. O clube campeão deve faturar R$ 10 milhões e o vice, R$ 8 milhões.
Essa verba não sai dos cofres do Clube dos 13, que tem prejuízo calculado em R$ 8 milhões, segundo sua assessoria de comunicação. Esse valor inclui gastos com transporte e hospedagem dos times dos módulos inferiores (branco, verde e amarelo) e de juízes e bandeirinhas. Haverá uma reunião entre os presidentes dos clubes para que se defina uma maneira de eliminar esse déficit.
Botafogo-RJ e Atlético-MG devem decidir até a segunda-feira a situação do jogador Reidner, que abandonou a concentração do clube carioca por falta de pagamento de salário e talvez seja transferido para Minas.