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Ferrugem foi procurar liberdade na Grécia
Sexta-Feira, 25 Agosto de 2000, 01h40

São Paulo - Pena não é o único jogaddor que abandonou o Palmeiras. Ferrugem já está há 50 dias na Grécia, treinando no AIK. Viajou sem dar a menor satisfação. Assustada e revoltada, a Diretoria do clube tratou de fixar o passe do jogador que defendeu a Seleção Brasileira sub 17 e sub 20 em R$ 6 milhões na FPF. Só que os empresários do volante de 19 anos já recorreram à Fifa para conseguir uma drástica redução do preço. Ontem, em Atenas, por telefone, Ferrugem mostrava toda a sua satisfação.

"Não tive valorização no Palmeiras. Meu contrato venceu no dia 28 de junho e ninguém me procurou para renovar. Os dirigentes do AIK resolveram apostar no meu futebol e decidi vir para a Grécia. Estou sendo muito bem tratado, quero ficar aqui pelo menos três anos. O atleta tem o direito de jogar onde quiser."

Tudo começou em maio, quando acabou o contrato de Ferrugem com o empresário Pedrinho Vicençote. O volante foi procurado por dois empresários. O grego Hionnies Krontz e o espanhol Manuel Ferrer foram até sua casa em São Bernardo. Souberam que o jogador não estava tendo chances no Palmeiras. O salário de apenas R$ 1,5 mil mensais facilitaria a saída para a Europa.

"O próprio presidente do AIK veio para nossa casa dizer o quanto seria bom se o Rodrigo (Ferrugem) fosse jogar lá. Os empresários falaram que conseguiriam na Fifa o passe do Palmeiras. A mesma situação que aconteceu com o Dida no Cruzeiro. Demos permissão e ele viajou para a Grécia. O Palmeiras não dava mesmo a atenção que ele merecia. Se o Rogério e o Galeano não conseguem ser bem tratados, imagine o meu filho, que ainda é peixe pequeno", diz o pai de Ferrugem, José Teixeira.

Ferrugem chegou ao Palmeiras em 94. O clube amador de São Bernardo, Mesc, fez um amistoso contra o time do Parque Antártica e ele se destacou. Acabou ficando, ganhando posição de titular, não só no Palmeiras como na Seleção Brasileira. O técnico Luiz Felipe Scolari via muito futuro no jogador. Mas, com tantos volantes, como César Sampaio, Rogério, Galeano e Fernando, Ferrugem não teve nenhuma chance no profissional. Com 17 anos, tinha assinado um contrato de dois anos, com salários de R$ 1,5 mil.

"Eu nunca abri a boca para reclamar de nada no Palmeiras. Nunca criei caso ou atrapalhei ninguém. Se saí sem me despedir de ninguém foi porque me senti meio de lado, livre para procurar o meu destino. Não tenho mágoa de ninguém. Só que não volto para o Palmeiras."

A postura do presidente Mustafá Contursi é de total revolta. No churasco de lançamento da futura sala de imprensa do clube, ele deixou escapar sua raiva:

"O Ferrugem foi seqüestrado por empresários. Ele está na Europa batendo de porta em porta atrás de um clube. Seu passe é do Palmeiras. Assim, a lei está do nosso lado. Se ele tiver de sair, só com nossa autorização. O clube precisa se proteger para investir nas categorias de base."

Palmeiras para trás - O administrador palmeirense, Milton del Carmo, detalha como está a situação do jogador. "Fizemos uma proposta de renovação de contrato que já está na FPF. O Ferrugem nem respondeu à nossa oferta. Seu passe foi fixado em R$ 6 milhões. Infelizmente, ele abandonou o clube desde junho. O Departamento Jurídico está estudando o que fazer na situação, mas não entendo como ele pôde ir para a Europa, para a Grécia, se esquecendo que pertence ao Palmeiras. Acho que está sendo orientado para isso."

Milton del Carmo tem razão. O pai do jogador revela que os empresários falaram para Ferrugem não se preocupar. "Disseram para o meu filho que só deveria se preocupar em mostrar futebol no AIK. E é isso que ele está fazendo. Nós confiamos nos empresários. Os dois brigarão na Fifa por ele. É lógico que a gente fica preocupada, mas temos de confiar em quem está tentando fazer alguma coisa pelo Rodrigo", avalia José Teixeira. Ferrugem admite que está sendo fundamental o apoio de Giovanni e Zé Elias em Atenas.

"Os dois jogam no Olympiakos, mas estão me dando toda a força. Eles me dão tranqüilidade para esperar pela definição legal de toda essa situação. Mesmo sem falar inglês, muito menos grego, estou me adaptando muito bem. Sinto que os jogadores confiam em mim e ganho espaço na equipe muito rápido. Sei que o clube ainda não pode me inscrever, mas estou participando de amistosos, jogos-treinos e coletivos. O Campeonato Grego começará só no meio de setembro. Até lá estarei pronto e feliz para defender o AIK. O Palmeiras ficou para trás."

Jornal da Tarde


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