São Paulo - A venda do passe do zagueiro Álvaro para o Las Palmas, da Espanha, concluída nesta sexta-feira, por cerca de US$ 3 milhões, criou uma polêmica no São Paulo.
O técnico Levir Culpi disse que precisa de outro jogador de defesa para fazer a reposição, porque, no elenco, não existem muitas opções para a posição. O presidente do clube, Paulo Amaral, contudo, disse que, por enquanto, não é necessária a contratação de reforços para o setor.
Sem Álvaro, que deixou o Tricolor, e Edmílson que está nos planos de Wanderley Luxemburgo para os jogos das Eliminatórias, Levir poderá contar apenas com Rogério Pinheiro, Wilson e Jean em muitas rodadas da Copa João Havelange e da Mercosul. Dos três, o único em que ele tem total confiança é Rogério. "O Wilson e o Jean podem entrar eventualmente", afirmou.
O presidente pensa diferente e garantiu não estar com pressa de contratar um zagueiro. "Temos vários jogadores para a posição" resumiu.
O dirigente confirmou que o clube tem intenção em contratar o meia Nildo, do Sport, mas disse que o negócio dificilmente será feito. "O Sport quer o Sandro Hiroshi, mas nós não vamos liberá-lo", ressaltou. Além do atacante, os pernambucanos querem mais R$ 3 milhões para concluir a transação. Por isso, está quase descartada a contratação de Nildo pelo São Paulo.
Na próxima semana, a diretoria ainda tentará trazer mais um jogador de meio-de-campo para praticamente fechar o elenco do segundo semestre. O Tricolor perdeu o volante Vágner e os meias Raí, Marcelinho e Edu nos últimos meses.
O "El Clarín", jornal argentino, publicou que o São Paulo teria sondado o técnico do Boca Juniors, Carlos Bianchi, para substituir Levir Culpi no fim do ano. Tudo não passou de um mal-entendido. Um conselheiro do clube apenas perguntou para um jornalista de Buenos Aires qual era o salário do treinador, para fazer uma comparação com o dos técnicos brasileiros. Apesar de rejeitado por muitos conselheiros, principalmente da oposição, Levir continua tendo o apoio da diretoria.