São Paulo - O brasileiro Pedro Paulo Diniz, da Sauber, saiu de Spa-Francorchamps bem mais tranqüilo em relação ao seu futuro na Fórmula 1. Ele vai decidir nos próximos dias se continua na
Sauber, como deseja a equipe suíça, ou se aceita a proposta da Prost
Grand Prix. Alain Prost está acertando a chegada de um grupo de
investidores e deve detalhar ainda nesta semana o seu pacote técnico
para 2001. A equipe francesa está otimista quanto ao êxito das
negociações para o recebimento dos motores Ferrari, a exemplo do que já
ocorre com a Sauber.
Embora a decisão de partir com pneus de pista seca, apesar
do asfalto ainda molhado na hora da largada, tenha se revelado acertada,
a estratégia de corrida da Sauber e o mau funcionamento dos freios
dianteiros complicaram a vida de Pedro Paulo Diniz no GP da Bélgica. Ele
terminou em 11º, mas garantiu que tinha potencial para sonhar com um
resultado melhor. "O 8º lugar estaria mais próximo do meu potencial na prova", disse, reforçando o argumento com a 7ª volta mais rápida do dia.
Diniz optou pelos pneus slick enquanto todo o grid resolveu largar com
os pneus biscoito. Pagou o preço de andar em ritmo mais lento nas
primeiras voltas, quando a pista ainda estava bastante escorregadia, mas
foi recompensado pela escolha no momento em que todos entraram nos boxes
para a troca de pneus.
"Acho que a estratégia de corrida deveria ter sido repensada", disse. "O ideal
seria fazer apenas uma parada para reabastecimento e troca de pneus, mas a equipe preferiu manter o planejamento original de dois pit stops. Além
disso, os freios da frente começaram a esquentar e perder eficiência no
meio da corrida. Saí com as entradas da refrigeração acertadas para a
pista molhada. Só fomos aumentar a abertura, como pedia o asfalto seco,
depois da primeira parada, mas aí eu já havia perdido pelo menos três
posições."