São Paulo - O comportamento da Sauber no longo e veloz circuito de
Spa-Francorchamps surpreendeu negativamente Diniz e seu companheiro Mika Salo no primeiro dia de treinos do Grande Prêmio da Bélgica. Os dois coincidiram nas reclamações sobre as reações nervosas do carro.
"Briguei a maior parte do treino com a traseira. A verdade é que não estamos tão
competitivos aqui como imaginávamos, depois dos testes promissores da
semana passada em Mugello", disse Diniz.
A Sauber trabalhou durante todo o dia com os pneus de compostos macios, a exemplo da maioria das equipes. Diniz lembrou que grande parte dos
pilotos queixou-se do mesmo problema que relatou aos engenheiros, mas
acha pouco provável que a tendência inicial da Sauber pelos pneus de borracha mais mole possa ser alterada.
"Quando o carro sai de frente, é
normal que a gente mude os pneus, mas não é o caso", disse. "Vamos é ter de
trabalhar muito nos treinos livres antes da classificação para melhorar
o acerto".
Segundo Diniz, as saídas de traseira se acentuavam nas curvas de baixa
velocidade. No fim da sessão, quando havia colocado um jogo de pneus 0K, o carro se tornou "dianteiro".
Mika Salo disse que também sofreu com o
balanço insatisfatório do C19, apesar das diversas modificações nas
regulagens. Segundo o diretor técnico Willy Rampf, as características de
Spa agravam as dificuldades dos engenheiros. "Alguns trechos, como as
curvas Eau Rouge e Blanchimont, simplesmente não podem ser reproduzidos
em nenhum dos circuitos onde testamos", lembrou.
Diniz afirmou que o quadro revelado nesta sexta-feira torna virtualmente
impossível qualquer prognóstico a respeito dos treinos classificatórios.
"Eu andei o tempo todo com bastante combustível, mas nunca se sabe como
cada um está treinando", disse, comentando alguns resultados no
mínimo incomuns verificados no primeiro dia de atividades em Spa, entre
eles o terceiro lugar de Johnny Herbert com a Jaguar-Ford.