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Rio - A meio pesado Edinanci Silva (foto) disse neste domingo que, se preciso, vai quebrar os dentes em busca de uma medalha no judô em Sydney.

Ela considera que tem mais chances nesta Olimpíada do que em Atlanta, quando terminou em sétimo lugar.

"Não há muito o que mudar em termos de treinamentos", disse. "Na competição, se precisar quebrar todos os meus dentes, eu farei isso para conquistar uma medalha."

A equipe brasileira de judô desembarcou neste domingo em Canberra, capital da Austrália, com 24 integrantes, 14 no masculino e dez no feminino. Deste total, uma judoca demonstrou mais entusiasmo: Vânia Ishii, filha de Chiaki Ishii, que em 1972, nos Jogos de Munique, conquistou a primeira medalha do judô brasileiro em Olimpíadas: bronze.

"Há quatro anos sonhava com este dia", disse Vânia, medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no ano passado.

Ela está confiante numa boa participação nos Jogos de Sydney e considera que as competidoras mais difíceis são a belga Gella Vandecaveye, a japonesa Maeda Keiko e a coreana Jung Song Sunk.

Quem também está otimista é Henrique Guimarães. O meio leve, medalha de bronze nos Jogos de Atlanta, em 1996, considera importante o período de adaptação ao fuso horário e ao clima.

"Canberra servirá para pegarmos o espírito olímpico e para buscar o fogo da luta", disse. "Nos Jogos Olímpicos aparecem poucas oportunidades para vencer as lutas. Temos de estar preparados para aproveitar as chances que surgirem."

Também animado está Marcel Aragão. O meio pesado garante que já entrou no espírito olímpico. "Estou louco para vestir o quimono e começar a treinar", disse. Curiosamente, Marcel levou na bagagem 60 cuecas, já só pretende lavar o quimono no período todo que estiver na Austrália. O judoca também demonstrou ser muito religioso. Ele levou para Canberra uma garrafa de água benta dada pela avó.