Rio - A maioria dos jogadores da seleção brasileira de futebol que se apresentou nesta segunda de manhã no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, evitou comentar as denúncias de sonegação de impostos feitas contra o técnico Wanderley Luxemburgo, o que poderia agravar ainda mais a crise na seleção brasileira.
Além da suspeita de sonegação, Luxemburgo é acusado pela ex-funcionária Renata Alves de receber comissão na compra e venda de jogadores. "Os fatores externos não entram em campo para jogar, por isso não devem atrapalhar a seleção", disse o goleiro Rogério Ceni.
O atacante Romário disse que quer apenas se concentrar no jogo, e que a relação com Luxemburgo deve se manter profissional.
"Todos sabem que a seleção representa muito para a minha carreira. A relação com Luxemburgo vai ser profissional como sempre", disse Romário, afirmando que pretende apenas se concentrar para o jogo contra a Bolívia. "Meu retorno à seleção tem um sabor especial porque volto em um momento em que a seleção está precisando da ajuda de todos. Vocês podem ter certeza que vou me dedicar ao máximo a partir do momento que o juiz apitar o início da partida no domingo", completou.
Os jogadores que se apresentaram no Santos Dumont foram Rogério Ceni, Veloso, Cafu, Emerson, Ricardinho, Romário, Athirson, Ronaldinho Gaúcho, Luizão, Marques, Vampeta e Juninho Paulista.
Do aeroporto, os jogadores seguem para a Granja Comary, em Teresópolis, onde treinarão para a partida contra a Bolívia, no dia 3 de setembro, no Maracanã, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2002. Luxemburgo não apareceu no aeroporto.
Segundo a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jogadores Júnior, Antonio Carlos, Roque Júnior, Rivaldo e Alex se apresentaram pela manhã no Aeroporto do Galeão e seguiram para Teresópolis. Flávio Conceição deve chegar ainda hoje no Rio de Janeiro, e segue logo depois para a concentração.
O Brasil está em quarto lugar na classificação geral das eliminatórias, com três vitórias, duas derrotas e dois empates. Até este ano, a seleção brasileira só tinha sofrido uma derrota na história das eliminatórias.