Londres - O festival de recordes mundiais promovido por Ian Thorpe e Inge de Bruijn cria expectativas de velocidade e emoção na piscina olímpica de Sydney.
O programa de oito dias de competição na piscina de Homebush Bay será o destaque dos Jogos para muita gente na Austrália. Em nenhum país do mundo a natação é mais popular. Os australianos vão se deleitar com as façanhas de seu compatriota Thorpe, de 17 anos, além de Susan O'Neill, Kieren Perkins, Grant Hackett e Michael Klim, todos campeões mundiais.
Os australianos são líderes mundiais em seis das 26 competições individuais este ano. O país deve manter a sua tradição olímpica em natação estabelecida por Dawn Fraser, Murray Rose, Mike Wenden e Shane Gould.
Thorpe, que se tornou o campeão mundial mais jovem da história quando venceu os 400 metros livres em Perth, em janeiro de 1998, já testou a piscina olímpica de Sydney.
Ele bateu três recordes mundiais ali -- os 400 metros livres e os 200 duas vezes -- no último campeonato Pan Pacífico, em agosto, e repetiu as conquistas nas seletivas olímpicas na mesma piscina em maio.
O'Neill também conseguiu um grande feito nas seletivas quando ela finalmente bateu o recorde dos 200 metros borboleta de Mary T. Meagher, que durou 19 anos.
Hackett será o favorito para os 1.500 metros livres.
Klim, que ganhou quatro medalhas de ouro no campeonato mundial de 1998, espera vencer seu companheiro de treinamento Alexander Popov nos 100 metros livres e dominar a ameaça de seu compatriota Geoff Huegill nos 100 metros borboleta.
Mas os australianos não podem esperar um monopólio. Outros atletas compartilharam a safra de recordes mundiais. O destaque mais espetacular do ano foi a holandesa radicada nos EUA De Bruijn, que quebrou sete recordes mundiais e igualou outro entre maio e julho.
Popov, radicado na Austrália há mais de três anos, mas ainda russo, também atingiu sua melhor forma depois de raras derrotas em 1999. Ele quebrou o recorde dos 50 metros livres em junho, em Moscou, e manteve seus títulos europeus dos 50 e 100 metros livres, em Helsinque, em julho.
O russo Roman Sludnov bateu o recorde nos 100 metros peito e o norte-americano Tom Malchow superou, nos 200 metros borboleta, a marca de 1996 do russo Denis Pankratov.
Outros recordes mundiais foram batidos em eventos não-olímpicos: três nos 50 metros costas (a espanhola Nina Zhivanevskaya, a japonesa Mai Nakamura e a alemã Sandra Voelker), e dois nos 50 metros borboleta, ambos por De Bruijn.
Reuters