São Paulo - O presidente de honra da Fiat e proprietário da Ferrari, Gianni Agnelli, disse nesta quarta-feira que a equipe tem 40% de chances de ser campeã do Mundial de Pilotos. Ele também garantiu que não demitirá ninguém na equipe, mesmo em caso de perda do Mundial.

Os comentários na Europa eram de que haveria uma restruturação na Ferrari. "Ainda confio no título, mas, se não conseguirmos todos serão mantidos no cargo", disse. "Ser segundo na Fórmula 1 já é difícil, primeiro, dificílimo."

Agnelli foi acompanhar pessoalmente os testes de Monza. O presidente da Ferrari, Luca Montezemolo, deve ter gostado de ouvir que Agnelli confirmou a manutenção do atual grupo de dirigentes e técnicos para a próxima temporada. Até a sua própria presença parecia estar em xeque.

Michael Schumacher conversou com Agnelli e comentou que viu, na tevê, a ultrapassagem de Mika Hakkinen no GP da Bélgica. "Me impressionou menos do que a acompanhando de dentro do meu carro", disse.

Schumacher garantiu não ter mudado de opinião: "Não errei ao ultrapassar Zonta pela esquerda; mesmo que eu tivesse escolhido a trajetória da direita, Hakkinen teria me ultrapassado", avaliou.

A três voltas da bandeirada, o finlandês da McLaren aproveitou que o alemão estava deixando Zonta, retardatário, para trás, e ultrapassou os dois para vencer a prova de Spa-Francorchamps. "Ele correu um belo risco com aquela manobra", analisou Schumacher.

Nada menos do que 19 pilotos treinaram ontem em Monza para o GP da Itália, dia 10. Alguns tempos: 1º Coulthard (McLaren), 1min26s037; 2º Zonta (BAR), 1min26s175; 3º Hakkinen (McLaren), 1min26s279; 10º Schumacher (Ferrari), 1min26s559; 15º Barrichello (Ferrari), 1min27s181; e 17º Diniz (Sauber), 1min27s540.

Mudanças - Ficou para a próxima semana a definição da forma de disputa das corridas de F-1. Na reunião dos dirigentes, ontem em Londres, estabeleceu-se que a partir de 2001 os pilotos irão dispor de maior número de jogos de pneus nas sextas-feiras. A proposta de se realizar uma sessão de classificação também na sexta-feira parece que não será aceita.

Haverá uma redução dos testes particulares entre as provas. Quanto a mais os pilotos poderão treinar nas sextas-feiras, assim como as restrições aos ensaios privados, só serão anunciados na Itália, depois de o grupo se reunir novamente. Todo e qualquer treino não será permitido nos meses de novembro e dezembro.

Agência Estado