Por Dum De Lucca Neto

São Paulo - Um documentário mostrando o momento mais dramático já acontecido em uma olimpíada causa polêmica nos círculos esportivos e está sendo repudiado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e pela organização dos Jogos. Trata-se do curta metragem “One Day In September” (Um Dia em Setembro), que enfoca o ataque que terroristas palestinos realizaram contra atletas israelenses na Olimpíada de 1972, em Munique, na Alemanha. Na ocasião, as sete medalhas de ouro conquistadas pelo americano Mark Spitz e as peripécias de Olga Korbut sobre o cavalo foram ofuscadas pelos guerrilheiros “fedayim”.

O único terrorista ainda vivo, (cinco foram mortos durante a fuga no aeroporto) Jamal al-Gashey, aparece no documentário com o rosto distorcido por efeitos especiais. O que mais provocou revolta e protesto dos israelenses e das entidades de defesa dos direitos humanos foram as declarações de Jamal. Ele descreveu a ação do seu grupo como uma façanha que chamou à atenção para a causa palestina. No filme, que será mostrado pelo canal HBO no dia 11, às 20h, Jamal conta com detalhes todos os passos do seqüestro que abalou a história dos Jogos Olímpicos.