Rio - Com a chegada de Rogério Romero e Fabíola Molina a
Canberra, a equipe de natação brasileira está completa para a disputa dos
Jogos Olímpicos de Sydney. Os nadadores desembarcaram na capital australiana
junto com o técnico Michael Lohberg, nesta segunda-feira, e já se integraram
ao grupo nos treinamentos na piscina do Instituto Australiano do Esporte
(IAE).
Os dois treinavam há 12 dias na cidade australiana de Brisbane, e por
isso foram os últimos a chegar em Canberra.
Aos 30 anos, Rogério Romero é o mais experiente da equipe, e vai disputar
sua quarta Olimpíada.
Competindo desde Seul 88, o nadador sabe que esses
serão seus últimos Jogos, mas acredita que poderá fazer uma grande campanha,
inclusive a sua melhor nesse tipo de torneio. A melhora no seu desempenho
está ligada a sua mudança para Coral Springs, na Flórida, em março do ano
passado, quando começou a treinar com o mesmo técnico de Fernando Scherer, o
alemão Michael Lohberg. O trabalho surtiu efeitos antes do esperado.
"Decidi mudar tudo, buscar nova motivação. Melhorei em alguns detalhes como
a virada. Mas os resultados apareceram antes do previsto porque os meus
tempos melhoraram. Acho que farei a minha melhor Olimpíada. Engraçado, após
os Jogos de Seul eu só fazia planos para mais quatro anos", afirmou Rogério.
Para depois das Olimpíadas, os planos já estão traçados. Em novembro ele se
casará com a nadadora Patrícia Comini, com quem namora desde 95. O local da
cerimônia será em Americana, interior de São Paulo, cidade natal da futura
esposa. Rogério também tem intenção de voltar para o Brasil após os Jogos
Olímpicos.
"Acho que está na hora de pensar no futuro", comentou o nadador, quarto
colocado no ranking mundial nos 200m costas em 99. O período de treinamento em Brisbane não foi bom só para Rogério Romero.
Fabíola Molina também aproveitou bastante a oportunidade. Depois de uma
conturbada classificação para os Jogos Olímpicos ela só quer pensar nos
treinamentos e na competição.
Sua vaga foi confirmada após um aval da
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, já que fizera o índice A da
Federação Internacional, mas havia ficado a dois centésimos da marca exigida
pela CBDA para os 100m costas.
"Desde que me mudei para os Estados Unidos em 94 que o meu objetivo é a
Olimpíada. É uma recompensa para tanto sacrifício. Sem dúvida, um grande
presente", declarou a nadadora, a última a sair da água no treino da tarde
desta segunda-feira.
Além dos 100m costas, a nadadora disputará os 100m borboleta, no dia 16 de
setembro, um dia antes da sua prova principal. "É uma forma de aquecimento, sem responsabilidade alguma. É uma prova que
requer muita força e eu não treino especificamente para ela", comentou a
atleta, única mulher entre os 13 representantes da equipe do Brasil.
L! Sportpress