São Paulo – A Olympikus, patrocinadora do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e fornecedora do material esportivo que a delegação brasileira vai usar nos Jogos Olímpicos de Sydney está irredutível no caso Guga. A empresa rejeitou as duas propostas de acordo feitas pela Diadora, outra produtora de material esportivo, que é patrocinadora de Gustavo Kuerten. O impasse pode inviabilizar a participação do tenista na Olimpíada.

O problema é que a Olympikus exige que o tenista use os uniformes dessa marca em todos os eventos em Sydney. A regra é aplicada a todos os atletas, com exceção do time de futebol. A seleção brasileira comandada por Wanderley Luxemburgo foi autorizada a utilizar os uniformes da Nike, sua patrocinadora, nas partidas. Porém, se conseguir medalha, terá que vestir a roupa da Olympikus.

A Diadora fez duas ofertas para chegar a um acordo. A empresa aceitou que Guga participe do desfile de abertura com o uniforme da concorrente. Mas jogaria com roupa branca, sem qualquer marca. A Olympikus recusou.

A segunda oferta foi o esquema semelhante ao do time de futebol. Durante as partidas o tenista usaria a roupa da Diadora e, no pódio, se for o caso, da Olympikus. A patrocinadora oficial, que tem o apoio do COB, recusou mais uma vez o acordo.

O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, diz que foi feito um acordo com as confederações para que todos os atletas, a exceção do futebol, utilizassem as roupas da Olympikus. A Confederação Brasileira de Tênis nega que tenha havido esse entendimento.

Apesar do impasse entre as fornecedoras de uniforme, Guga já demonstrou sua vontade de disputar os Jogos. Os outros patrocinadores do tenista também aceitaram a possibilidade de não estampar suas marcas no uniforme do tenista em Sydney.

Redação Terra