São Paulo - Os jogadores do Palmeiras afirmam
que o time está bem da "cabeça" e não merece o rótulo de
violento, apesar de já ter recebido 32 cartões na Copa João
Havelange. Para eles, o excesso de faltas e de advertências
deve-se à vontade de vencer e conquistar seu espaço entre os
titulares.
O mais jovem deles, o zagueiro Thiago Matias, de 17 anos
diz que entra em campo tranqüilo, independentemente do
adversário, e que recebe muita confiança dos companheiros e do
técnico Marco Aurélio. "Este negócio de tremer na hora decisiva
não existe." Ele assume, porém, que a equipe, após dois bons
resultados - venceu o Santos por 3 a 2 e o Independiente por 2 a
1, ambos fora de casa -, cometeu muitos erros contra o São Paulo
no sábado.
Para o volante Magrão, de 21 anos, o time comete muitas
faltas por entrar um pouco afoito nos lances, defeito que, com o
passar do tempo, vai ser corrigido. "A ansiedade de ganhar e de
se firmar entre os titulares faz com que disputamos os lances
com um pouco de força."
Na lateral esquerda, Tiago Silva, também de 21 anos, que
disputa a posição com Jorginho, de 19, acha que, com a seqüência
de jogos, vai se firmar na posição. O jogador já é profissional
do clube há dois anos e se considera bastante experiente.
"Disputei duas Libertadores."
O capitão da equipe, o volante Fernando, é um dos
conselheiros do time. O jogador usa sua experiência para
orientar os jovens. "Estou sempre conversando, para dar
estabilidade emocional a eles." Para Fernando, após uma derrota
por 3 a 0, como foi contra o São Paulo, o abatimento é normal e,
com uma vitória diante do Cruzeiro, na quinta-feira, o clima
volta ao normal.