Munique - O vice-presidente do Bayern de Munique, Karl Heinz Rummenigge, qualificou como perversos os planos da União Européia para reformar o sistema de negociações de jogadores de futebol. Pela vontade do órgão europeu, terminariam as cláusulas que regulam a rescisão dos vínculos. “Tudo o que está ocorrendo em Bruxelas me parece perverso”, assegurou o ex-jogador, que também representa os interesses do Bayern no G-14, grupo que reúne os maiores clubes do velho continente.
A UE considera que os jogadores devem ser considerados como empregados comuns e, como tal, têm o direito de poder mudar livremente de clube mediante aviso prévio. Em consideração aos interesses dos clubes, a União Européia está disposta a que os jogadores fiquem obrigados a permanecer em seus clubes por pelo menos um ano. Só que, esta medida, não é suficiente para contentar Rummenigge.
“Há que se tomar cuidado com esta perspectiva idiota que pensa apenas a curto prazo, e que prejudicará a planificação dos clubes”, afirmou.
Por outro lado, o presidente da Comissão de Esportes do Parlamento da Alemanha, Julius Beucher, criticou o presidente do Bayern, Franz Beckenbauer, por ter dado declarações violentas, semana passada, contra a UE. O ex-líbero qualificou os comissários da entidade como frustrados. “Se para promover a candidatura alemã para sediar a Copa do Mundo de 2006 Beckenbauer tivesse se comportado de maneira tão descontrolada, certamente o evento não seria realizado em nosso país”.