São Paulo - Um novo acordo pode levar o brasileiro Gustavo Kuerten para a Olimpíada de Sydney. Em uma reunião realizada nesta quarta-feira à noite, surgiu a possibilidade de o tenista rever sua decisão inicial de não ir à Austrália. Ele poderá participar dos Jogos com a roupa do patrocinador do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Na tarde de quarta-feira, Guga chegou a avisar que não voltaria mais atrás em sua posição. Patrocinadores do tenista, porém, preocupados com a repercussão negativa da desistência do jogador de não representar o Brasil, insistiram para que ele mudasse de opinião.
A preocupação da assessoria da Diadora, empresa italiana de material esportivo, em procurar os jornais na noite de ontem para estabelecer contatos, sugere que a empresa está convencida a abrir mão das cláusulas contratuais para permitir que Guga possa defender o Brasil nos Jogos de Sydney. O anúncio oficial será feito nesta quinta-feira pela pela manhã em Florianópolis.
Na tarde de ontem, Guga estava triste e amargando um dos piores dias de sua vida. Garantira que nada faria com que ele mudasse de opinião. Chegou a comentar que perdera totalmente a motivação. Para esfriar a cabeça, Guga preferiu ir surfar e, depois, desapareceu. Não queria mais falar no assunto.
A Federação Internacional de Tênis (ITF), interessada em ter as grandes estrelas do tênis no torneio olímpico de Sydney, avisou que iria tentar persuadir os dirigentes a não serem tão intransigentes e buscarem uma solução rápida para o caso.
Em Canberra, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, buscava tirar o peso da responsabilidade pela então desistência de Guga de sua cabeça e afirmou que as portas estão abertas para Guga até o dia 14 de setembro, prazo que o Brasil tem para confirmar a presença dos inscritos no torneio de tênis.
Nuzman não escondia a irritação pelo fato de Guga ter cedido, em um primeiro momento, à pressão da Diadora. "Mas o COB continua de portas abertas para que Guga possa disputar a Olimpíada; ainda pode haver uma reflexão."
Agência Estado