Florianópolis - Gustavo Kuerten preferiu não se manifestar nesta quarta-feira sobre a decisão de não ir a Sydney. Amargando uma das maiores decepções de sua vida, já que para ele disputar a Olimpíada é um sonho de infância, Guga passou parte do dia em Balneário Camboriú, a 80 km de Florianópolis.
Saiu para surfar pela manhã, mas à tarde ninguém sabia onde ele estava. Sua assessora de imprensa, Diana Gabanyi, limitou-se a informar que nesta quinta-feira haverá uma coletiva na capital catarinense.
Guga e seu técnico vão atender aos jornalistas às 11h. A previsão é que eles falem durante 20min.
As pessoas mais próximas ao tenista seguiram a sua decisão de não se manifestar sobre o caso. A própria assessora não apareceu no escritório pela manhã e seu celular esteve desligado grande parte do dia, com a caixa de mensagens abarrotada. Na academia do técnico Larri Passos, onde Guga costuma treinar em Camboriú, as ordens eram para que ninguém falasse nada.
Nas casas da avó Olga Schlösser e do próprio Larri ambas em Balneário Camboriú, ninguém atendia aos telefonemas. Tanto mistério dificultou a vida dos jornalistas catarinenses.
"Guga passou o dia mais do que abatido, afinal, ele sempre quis participar de uma olimpíada", declarou Artêmio Paludo, sócio de Rafael - irmão de Gustavo Kuerten - na academia P&K de Florianópolis. Ele não chegou a conversar com o tenista, apenas com Rafael. Um dos únicos a se manifestar, Paludo disse que não esperava esse desfecho: "Sinceramente, não pensei que a situação chegaria a tal ponto. Acreditava que haveria um acordo, já que o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) abriu exceções para o futebol e o atletismo."
Paludo, que conhece Guga há 14 anos, acha que, além do tenista sair prejudicado, o Brasil está perdendo uma grande chance de conquistar medalha de ouro.
Agência Estado