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Cavaleiro quer reaproximação com grupo
Sexta-Feira, 08 Setembro de 2000, 01h52

Sydney – O cavaleiro Luiz Felipe Azevedo chegou a Sydney disposto a deixar de lado suas diferenças pessoais com os outros integrantes da equipe brasileira de saltos. Ele quer contribuir para que o grupo tenha boa atuação. “Não vim para ser um fator desagregador, vim para somar”, disse o ginete, que saiu diretamente da Bélgica, onde mora, para a Austrália.

Os problemas começaram há alguns meses, quando, numa seletiva, Felipinho brigou com o pai de Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, também integrante da delegação. Depois disso, Felipinho e os colegas passaram a evitar contatos. Rodrigo Pessoa, outro cavaleiro brasileiro, deixou claro seu distanciamento em relação ao companheiro. Felipinho diz que a briga com o pai de Doda é coisa do passado. “Acho que seria ridículo se colocasse diferenças pessoais na frente do trabalho.” O cavaleiro afirma estar disposto a ajudar a delegação no que for preciso. “Ao conquistar minha vaga, fui informado das condições para fazer parte da equipe e estou de acordo com tudo.”

O ginete não escondeu que ficou surpreso com as declarações de Rodrigo sobre ele. “Realmente não esperava, até porque nem o Doda, que estava diretamente ligado ao incidente, nem o André (Johamppeter) fizeram nenhum comentário”, explicou. “Acho que Rodrigo é um dos melhores cavaleiros do Brasil e, sinceramente, torço por ele.” Felipinho não acredita que o fato de ter feito sua preparação separadamente da equipe, que treinou no haras de Nelson Pessoa Filho, nos arredores de Bruxelas, seja um fator negativo. “Somos da escola do Hermes de Vasconcelos, e eu, aos 43 anos, acho que adquiri uma experiência que me ajuda a não ter problemas de adaptação.”

O cavaleiro está otimista quanto às chances de medalha. “Dizer que estamos melhor do que em Atlanta, quando conquistamos o bronze por equipes, seria um desrespeito aos cavalos que nos ajudaram na conquista”, disse Felipinho. “Mas, depois daquele resultado, estamos mais experientes, com mais moral e responsabilidade.”

O Estado de S.Paulo


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