Sydney - A austeridade da Vila Olímpica de Sydney serviu nesta sexta-feira à seleção de futebol do Brasil para iniciar um processo de preparação psicológica que, na opinião de seu treinador, Wanderley Luxemburgo, deve permitir-lhe ganhar o único título que falta à equipe verde-amarela: o ouro olímpico.
"Oitenta por cento é a parte emocional", disse.
Acossado por denúncias de sonegação fiscal posteriormente admitidas, recebimento ilícito de comissões por recomendação de jogadores e falsificação de idade, Luxemburgo, junto com seus comandados, deixará a Vila e voltará ao regime de hotéis, desta vez na cidade de Brisbane, sede de seu grupo.
O Brasil integra com Eslováquia, África do Sul e Japão a chave D do torneio olímpico.
"Foi justamente como havia planejado, o contato dos brasileiros com outros atletas. Os jogadores deram um passeio para descobrir o espírito da integração com os demais e se encontraram com a equipe cubana de beisebol".
O treinador disse que como parte da preparação psicológica da equipe, cada jogador confiará a seu colega de quarto seu desejo profundo de voltar para disputar a final.
Luxemburgo assinalou sua aspiração de que o futebol não seja tratado de forma diferente dos demais esportes, porque não quer ser "um estranho no ninho" olímipico.
O treinador evitou responder sobre a equipe titular que disputará o torneio, mas esclareceu: "não tenho nada a esconder, só quero observar os jogadores na partida" contra a equipe local do Marconi, domingo.
Terminado esse amistoso, Luxemburgo anunciará seus ozne titulares para a estréia contra a Eslováquia.
O técnico insistiu na necessidade de preparar psicologicamente seus pupilos, ao atribuir à parte emocional 80% da importância em uma vitória.
"Os treinos serão técnicos, táticos ou físicos, são só 20% durante esse período na Vila", concluiu.
France Presse