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Relatório diz que doping não pode com o doping
Sabado, 09 Setembro de 2000, 02h12

Sydney - Faltando uma semana para a Olimpíada de Sydney, um relatório financiado pelo escritório de política para drogas da Casa Branca fez duras críticas ao Comitê Olímpico Internacional (COI). De acordo com o documento de 107 páginas, o órgão é ineficaz no combate ao doping. O relatório ainda informa que o COI não conseguiu criar um organismo independente para administrar a campanha antidoping e acusa a entidade de interferir em pesquisas sobre testes para detecção de drogas.

O texto garante que, segundo técnicos e atletas, de 80% a 90% dos participantes de algumas modalidades consomem drogas. "Embora ninguém pregue o doping, os interesses financeiros dos patrocinadores, das transmissões de TV e dos órgãos dirigentes, aliados à falta de um mecanismo eficaz de policiamento, criam um ambiente que encoraja o atleta a fazer tudo para vencer."

O relatório é resultado de dois anos de estudos da Comissão Nacional de Esportes e Abuso de Substâncias Proibidas, na Universidade Colúmbia. O documento pretende ser o mais abrangente até agora sobre o doping.

Avanços - O interessante é que o texto foi divulgado no momento em que o COI conseguiu um avanço no combate às drogas. Na semana passada, o comitê aprovou o exame de sangue para detectar EPO, droga que aumenta a capacidade de os glóbulos vermelhos transportarem oxigênio.

Acredita-se que a substância seja consumida em esportes de resistência. Esta semana, 27 atletas foram retirados da equipe chinesa porque não haviam sido aprovados nos exames em seu país. Apesar do avanço, ainda não há como detectar o hormônio de crescimento humano, o fator de aumento de insulina e produtos que servem como sangue artificial.

A tendência a trapacear parece generalizada, como ficou provado em Sydney, quando a alfândega apreendeu hormônios com um técnico do Usbequistão. Um halterofilista checo e um atleta de equitação canadense foram proibidos de participar.

"Quando os Jogos começarem, milhões de crianças vão assistir a cada evento", diz Barry McCaffrey, diretor do escritório de política antidrogas da Casa Branca. "Elas vão imitar os jogadores de basquete e os nadadores e, se não livrarmos os Jogos do doping, essas crianças vão tomar as mesmas drogas que vêem seus ídolos usarem."

O documento destaca que, apesar da criação da Agência Mundial Antidrogas, no ano passado, esta só tem autoridade para fazer recomendações ao COI. Sua independência tem sido questionada em parte porque a agência é chefiada por Dick Pound, delegado do comitê. Pound já anunciou que vai renunciar no próximo ano.

O Estado de S.Paulo


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