Rio - O brasileiro Rubens Barrichello abandonou o GP da
Itália, disputado neste domingo no autódromo de Monza, depois de se envolver em um acidente espetacular envolvendo outros cinco carros.
Tudo começou quando, na primeira volta, o alemão Heinz-Harald Frentzen, da
Jordan, não conseguiu parar na entrada da segunda chicane do circuito, a curva Roggia, e
bateu na traseira do carro do companheiro de equipe, Jarno Trulli. O
italiano rodou e atravessou a pista, colidindo com o Jaguar de Johnny
Herbert, a Ferrari de Rubens Barrichello e a McLaren de David Coulthard.
O acidente, por si só, já havia sido violento, mas o pior ainda estava por
vir. Com a poeira levantada pela caixa de brita, os pilotos não conseguiam
ver nada, e a Arrows de Pedro de La Rosa acabou acertando com muita violência
a traseira da McLaren, voando e capotando várias vezes até cair de cabeça
para baixo, sobre a Ferrari de Barrichello, que teve o capacete muito danificado.
Apesar das proporções, os pilotos nada sofreram, o que não se pode dizer de
um bombeiro, que foi atingido por um pedaço do Arrows e teve traumatismo craniano, morrendo pouco depois.
Barrichello, apesar do susto, nada sofreu, e atacou com veemência o alemão
Frentzen, grande responsável pelo acidente. Barrichello foi se deculpar com Coulthard, que o eximiu de qualquer
culpa. O escocês, aliás, saiu reclamando de fortes dores nas mãos.
O acidente surpreendeu também porque todos os pilotos previam problemas na primeira chicane, logo depois da largada. O traçado havia sido modificado para esta prova, provocando apreensão entre os corredores. Durante os treinos de sexta e sábado, muitos deles erraram na chicane e previa-se uma largada tumultuada -o que acabou acontecendo, mas não exatamente como se esperava.