Belo Horizonte - A expulsão do apoiador Sérgio Manoel deixou à mostra uma situação vivida pelo Cruzeiro nos jogos da Copa João Havelange. O time, apesar da boa campanha, não está conseguindo manter os nervos no lugar. Além dele, outros três jogadores _ os zagueiros Cléber e Cris e o apoiador Jackson também deixaram o campo mais cedo por decisão da arbitragem. A equipe recebeu, até agora, 22 cartões amarelos em 10 jogos, média de 2,2 por partida. O sinal de alerta já está aceso na Toca da Raposa, com o técnico Luiz Felipe Scolari, que comanda treino hoje, devendo ter uma conversa com Sérgio Manoel sobre a sua expulsão.
Para Sérgio Manoel, a explicação é simples: falta de critério à arbitragem na distribuição de cartões amarelos e vermelhos. “Olha, não há um critério determinado para aplicação de cartões. O Cruzeiro tem feito menos faltas que os seus adversários nos jogos da Copa João Havelange. Mas, ainda assim, nós somos mais penalizados do que os adversários. Contra o Gama aconteceu a mesma coisa", diz o apoiador, para quem sua expulsão é típica desta situação. “Não fiz faltas violentas, mas fui expulso enquanto outros que fizeram. Os jogadores do Gama bateram muito e permaneceram em campo", argumenta. A diretoria do clube não vai punir o jogador.
O apoiador Jackson acredita que as expulsões podem estar relacionadas à forte marcação imposta pelos adversários. “Os times que têm jogado contra nós estão marcando muito forte. Às vezes até com rispidez nas jogadas. Então a gente acaba retribuindo. Mas os árbitros interpretam nossas jogadas como merecedoras de cartão vermelho e as dos adversários não", enfatiza. Jackson foi expulso ainda no primeiro tempo do jogo contra o Sport, em Recife, que acabou empatado em 1 a 1. O apoiador já recebeu dois cartões amarelos.
O volante Donizete Oliveira, com três cartões amarelos (para ser suspenso, o jogador precisa levar cinco), considera normal essa média em dez jogos. Sobretudo pelo grau de dificuldade da competição, a Copa João Havelange. “O Campeonato Brasileiro é muito difícil, com jogos acirrados", aponta. O zagueiro Cris, expulso contra o Internacional, também se defende e diz que é um atleta viril, mas não violento. “Depois de 12 jogos seguidos é que fui expulso. Isso acontece".