Sydney - A bem planejada etapa de aclimatação da delegação brasileira no Instituto Australiano de Esportes (IAE), em Canberra, sofreu ontem o seu primeiro revés. O frio e o vento voltaram com intensidade, atrapalhando o treino da equipe de atletismo. Com o problema, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) resolveu atender ao pedido da chefia da equipe e antecipar a viagem inicialmente marcada para o dia 19 para amanhã. A delegação resolveu deixar a capital australiana e apostar em condições melhores de treinamento para a Olimpíada, em Sydney.

Exceção feita a Sueli Pereira dos Santos, que permanece em Canberra para poder treinar com seu técnico e marido, o australiano Alan Dashwood, os outros atletas seguem para a Vila Olímpica. Eles participam de uma competição preparatória na quinta-feira, desfilam na cerimônia de abertura na sexta-feira e passam a treinar nas instalações oferecidas pelos organizadores dos Jogos até o início da competição.

Faltou a credencial O saltador Nélson Ferreira Júnior volta para Canberra no sábado. Ele quer a companhia de seu técnico, Aristides Junqueira, que não foi credenciado para a Olimpíada, na fase final de treinamento. No dia 19, ele se integrará definitivamente à delegação na Vila Olímpica. O chefe da delegação de atletismo Martinho Nobre dos Santos inscreveu a grande maioria dos atletas no torneio preparatório. O velocista Claudinei Quirino, por exemplo, deve competir nos 300 metros rasos e no revezamento 4 x 100 metros. Márcio Simão de Souza correrá os 110 metros com barreiras, enquanto Maurren Maggi está confirmada no salto em distância. Vicente Lenílson não foi inscrito por estar sentindo dores musculares.

Chegando mais Dos atletas que têm chegada prevista para hoje, em Sydney, procedentes do Brasil, apenas a saltadora Luciana Alves dos Santos deve competir. Hudson de Souza e Osmar dos Santos vão descansar, assim como o maratonista Osmiro Souza e Silva. Apesar do mau tempo de ontem, em Canberra, a equipe de atletismo conseguiu fazer um bom treino. "Não dá para se preocupar com o vento e o frio e esquecer da preparação", diz Claudinei Quirino, vice-campeão mundial dos 200 metros rasos. "Mas, se em Sydney as condições climáticas estão melhores, temos de aproveitar."

O Instituto Australiano de Esportes foi aprovado como centro de treinamento do atletismo pelo técnico João Paulo Cunha, representante da Confederação Brasileira da modalidade, que fez parte de uma das visitas precursoras do COB no ano passado.