Sydney - Quase 30 anos depois do massacre de Munique, Israel ainda é o maior alvo de possível terrorismo nos Jogos Olímpicos, disse a polícia australiana na quarta-feira.
O comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Peter Ryan, disse que segurança extra será fornecida para atletas israelenses nos Jogos de Sydney, cuja abertura ocorre sexta-feira.
Ele disse que a polícia estava ``particularmente de olho na equipe israelense, pois é um desses países que atraem terrorismo'', disse.
``Os EUA são outro desses países, e há mais um ou dois''. A preocupação do comissário ecoou até o ministro da Defesa israelense, Ephraim Sneh, que disse: ``Precisamos aprender com a história depois de Munique em 1972. Em 28 anos, a cultura do terrorismo não mudou''.
Onze atletas israelenses foram mortos por guerrilheiros palestinos durante os Jogos de Munique. Cinco dos terroristas foram mortos numa desastrada tentativa de resgate.
Israel acredita que Osama Bin Laden, que é o número um na lista de procurados dos EUA, suspeito de arquitetar os ataques às embaixadas norte-americanas na África, pode estar mirando israelenses desta vez.
``Até recentemente pensávamos que não estávamos em sua lista de ataques, mas descobrimos que estamos'', disse Sneh ao diário Sydney Morning Herald.
Ryan disse que seguranças estavam viajando por Sydney com os atletas israelenses, mas nenhum deles estava armado. ``Foi expressamente proibido pela Comunidade Britânica que os seguranças estrangeiros levassem armas em Sydney. Deixamos isso bem claro para as autoridades de segurança israelenses'', declarou o comissário.
A equipe israelense foi impedida de levar dez coletes à prova de balas e dez coldres aos Jogos.
A comunidade judaica de Sydney planeja homenagear os atletas de Munique com um memorial na maior escola judaica da Austrália.