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Ginástica artística do Brasil quer mostrar evolução
Quinta-feira, 14 Setembro de 2000, 07h48

O Brasil nunca teve uma ginasta entre as melhores do mundo, mas vem evoluindo na modalidade. Em Sydney, pela primeira vez, o país será representado por duas atletas. A meta para Atenas, em 2004, é classificar uma equipe completa, com seis ginastas.

Daniele Hypólito e Camila Comin vão tentar chegar à final individual geral da competição, o que significa ficar entre as 36 melhores do mundo. Daiane dos Santos e Marília Gomes são reservas da equipe. Fazem parte da competição os exercícios de trave, solo, paralelas assimétricas e salto sobre o cavalo.

A disputa feminina em Sydney começa neste domingo e será um das modalidades mais concorridas. Todos sempre querem adivinhar se alguma participante vai merecer, como a ex-ginasta romena Nadia, Comaneci, sete vezes a nota 10, três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.

As brasileiras competem às 14 horas (meia-noite do sábado horário de Brasília). O Brasil estará ao lado das ginastas do Canadá, México, Venezuela, Alemanha, Coréia do Norte, Polônia, República Tcheca e Japão. As disputas são individuais por aparelhos com exercícios obrigatórios.

O Brasil nunca foi tão longe. Nos Jogos de Los Angeles-84, Tatiana Figueiredo ficou em 27º lugar, num evento marcado pelo boicote dos países do leste europeu. Em 1988, em Seul, Luísa Parente termimou em 34º lugar, resultado considerado muito bom para o Brasil, porque todos os países participaram. Em Barcelona, quatro anos depois, Luísa caiu para a 57ª posição. Soraya Carvalho, em Atlanta, sofreu contusão e sequer foi a competição.

Embora a modalidade integre o programa olímpico desde 1896, o Brasil só estreou na ginástica em 1980, nos Jogos de Moscou, com Cláudia Magalhães. Em alguns anos o país classificou-se também para a disputa masculina, mas sem bons resultados.

A maior esperança de boas notas do País é Daniele Hypólito na especialidade solo. "Se competir bem, posso entrar na final geral", diz Dani, uma paulista de 16 anos recém-completados e 1,41m de altura. Ela também aponta a prova em que precisa melhorar mais: "Tenho que aprimorar o salto".

Camila Comim tem na paralela seu melhor aparelho e no orgulho de representar o Brasil seu maior estímulo: "Quero competir bem para honrar nossa bandeira", disse a ginasta de 1,55m e 17 anos, nascida em São Paulo.

Se as brasileiras falam em se apresentar bem, as favoritas de sempre vão entrar em cena para disputar medalhas. Russas, romenas, ucranianas, americanas, chinesas e as australianas, donas da casa, devem lutar pelo ouro.

Redação Terra

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