Rio - Na primeira participação do vôlei de praia em
Olimpíadas, em Atlanta-96, as brasileiras fizeram bonito e conquistaram o
ouro e a prata. Já no masculino a campanha foi decepcionante e as duplas
ficaram longe do pódio. Agora, em Sydney, as meninas lutam por mais uma
campanha de sucesso, enquanto os homens tentam apagar a má impressão deixada
quatro anos atrás.
Adriana Behar e Shelda - atuais tricampeãs mundiais - são grandes favoritas
ao ouro ao lado da dupla norte-americana McPeak/May, das australianas
Cook/Pottharst e, é claro, de Adriana Samuel/Sandra. Behar/Shelda estréiam
contra as irmãs búlgaras Yanchulova, em jogo que começa às 16h20 deste
sábado (2h20, em Brasília) na quadra 1.
"Enfrentamos elas uma vez e vencemos por 15 a 3, mas o jogo não foi fácil
como o placar parece mostrar. Elas são muito técnicas, têm bom volume de
jogo e vêm crescendo", afirmou a técnica Letícia Pessoa.
Sandra e Adriana Samuel terão pela frente as cubanas Fernandez e Larrea,
também neste sábado, às 14h30 de Sydney (0h30 do mesmo dia, em Brasília). "Elas não estão entre as melhores do mundo, mas têm um jogo agressivo, de
muita força, e gritam o tempo todo, como no vôlei de quadra. Temos que tomar
cuidado, porque jogam sem responsabilidade", afirmou Marcos Freitas, técnico
da dupla.
Sandra poderá viver uma emoção a mais nessa Olimpíada além de ser a
porta-bandeira da delegação brasileira no desfile de abertura dos Jogos,
fato em que será pioneira. Ela poderá ser a segunda atleta a se tornar
bicampeã olímpica, igualando o feito de Adhemar Ferreira da Silva no salto
triplo, nas Olimpíadas de Melbourne, em 56.
No vôlei de praia, as duplas disputam partidas em sistema de melhor-de-três
sets, sendo que cada set vai até 15 pontos e não há vantagem. Ou seja, bola
no chão, bola fora ou saque na rede, é ponto. Na final e na decisão do
bronze, cada set será disputado em 12 pontos.