Sydney - O hipismo brasileiro começa neste sábado a competição por equipes do CCE (Concurso Completo por Equitação) e quer supreender na Olimpíada de Sydney. O grupo é representado por Gustavo Pagoto com Amazonian, Guto Faria com Hunefer, Vicente de Araújo com Tévere, Carlo Paro com Feline e Serguei Foffanov com Rose.
Dos cinco cavaleiros, Serguei Foffanov é o mais experiente. Ganhou medalha de ouro por equipes nos Pan-Americanos de Mar del Plata-95. Ele, que disputou os Jogos Olímpicos de Barcelona-92 e Atlanta-86, acredita num bom desempenho do País.
"Temos condições de chegar em sexto lugar, mas estamos querendo mais. Essa é a melhor equipe de CCE que já tivemos", disse Foffanov
O CCE participa dos Jogos desde Estocolmo-1912, no individual e por equipes. No Brasil é praticado desde 1922 e nas duas primeiras décadas ficou restrito aos oficiais de Cavalaria que tinham como missão preparar cavalos para a guerra. O objetivo da prova é avaliar a resistência do animal e a perícia do cavaleiro. Na Olimpíada cada equipe tem 4 conjuntos, mas somente três melhores resultados são considerados.
Em quatro dias consecutivos de provas, os conjuntos passam pelo adestramento, resistência (cross-country) e saltos. A primeira prova é a de adestramento, na qual, o cavaleiro conduz cavalo em uma série de 20 movimentos dentro da arena.
O cross-country é realizado no segundo e terceiro dias de competição e é dividido em quatro etapas: duas fases de trilhas e estradas (num total de 14,3km), steeplechase (uma corrida em terreno gramado de 3,1km) e a corrida com obstáculos (um percurso de 7,4km com 35 obstáculos).
Depois da prova de cross-country os cavalos passam por uma avaliação veterinária. Se aprovados, podem participar da etapa de saltos. Nessa prova os conjuntos saltam de 10 a 12 obstáculos com altura de 1,2m. A equipe que tiver o menor número de pontos perdidos, no somatório das provas, vence a competição.