Rio - A Udinese informou nesta sexta-feira à Liga Italiana de Futebol que os brasileiros Warley e Alberto não são mais considerados jogadores da Comunidade Européia. Por terem falsos passaportes portugueses, o atacante e o lateral foram detidos na quinta-feira ao desembarcarem em Varsóvia, Polônia, onde o clube italiano enfrentou o Polonia Warsaw pela Copa da Uefa.
Os brasileiros ganharam visto temporário para participar do jogo e Warley marcou aos 10 minutos da etapa final o gol da vitória da Udinese, por 1 a 0.
Os clubes que disputam a Série A italiana só podem ter no grupo cinco jogadores que não tenham passaporte da Comunidade Européia, sendo que somente três desses atletas podem ser escalados ao mesmo tempo. Por isso, vários jogadores que conseguem se transferir para a Europa tentam arranjar a cidadania de algum país da CE alegando que são descendentes de europeus.
“Nós não temos problemas com o limite de jogadores estrangeiros, pois somente três atletas nossos não são da Comunidade Européia”, disse o diretor-geral da Udinese, Pier Paolo Marino, que afirmou que o clube não tem nada a ver com os passaportes falsos.
“Quando contratamos Alberto ele já era um jogador da Comunidade Européia. Warley obteve a cidadania em março e seu passaporte foi conseguido por intermédio de seu empresário”.
Mas o uruguaio Juan Figger, empresário dos dois brasileiros, negou que esteja envolvido na história. “Os passaportes de Alberto e Warley foram conseguidos na Itália por intermédio de alguém que eu não conheço. Tudo o que sei é que essa pessoa mantinha contato com a Udinese”, afirmou Figger ao jornal italiano "Gazzetta dello Sport".
Em agosto, o meia Edu, do Corinthians, foi impedido de entrar na Inglaterra por ter um passaporte português falso. Por isso, a transferência do jogador para o Arsenal foi cancelada.