Sydney - O acidente ocorrido com a triatleta brasileira Mariana Ohata mostrou que, em termos de atendimento médico emergencial, os Jogos de Sydney deixam a desejar. A organização levou 45 minutos para atender Mariana e encaminhá-la a um hospital, depois que a brasileira chocou-se contra outras duas competidoras na etapa do ciclismo da prova do triatlo.
Mariana bateu a cabeça no asfalto. Seu capacete chegou a romper. A demora no atendimento revoltou o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, que iria formalizar um protesto contra a organização.
O presidente do COB talvez mude de idéia. Ele recebeu pedido de desculpas do Comitê Organizador dos Jogos, que reconheceu ter falhado com a brasileira.
O ocorrido gerou uma mudança para a prova masculina do triatlo, que acontece no domingo. Mudanças serão feitas no trânsito para que as ambulâncias possam ter acesso rápido aos atletas em qualquer parte do percurso, o que não ocorreu na prova feminina.
Mariana Ohata foi levada ao Hospital RPA, a pedido da direção médica do COB. A atleta seguiu acompanhada do presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman. Lá, fez tomografia computadorizada para detectar a origem das fortes dores que sentia no ombro e no pescoço.
As radiografias confirmaram não ter havido seqüelas da queda. A atleta foi liberada do hospital RPA e seguiu para a Vila Olímpica, onde descansa.