por Dani Blaschkauer
São Paulo - Uma tem 18 anos, 1,80 m, 69 quilos é ucraniana mas já viveu seus dias de ‘mineira’. O outro tem 17 anos, 1,96 m, 95 kg, pés tamanho 50 e é um típico cidadão australiano.
Yana Klochkova e Ian Thorpe têm em comum não apenas a idade e o simples gosto pela natação. Ambos curtem a adolescência atrás de novos recordes. Dentro da água, são dois gigantes que dominam com sobras suas provas.
Ele, por exemplo, já conquistou logo no primeiro dia, duas medalhas de ouro em duas provas disputadas. Aliás, em sua primeira disputa, nas eliminatórias dos 400 m livre, começou quebrando o recorde olímpico. Na final, superou a marca mundial. Não foi à toa que o italiano Massimiliano Rosolino comemorou como nunca a prata. Afinal, entre os ‘humanos’, ele foi o melhor.
Mas Thorpe mostra seu lado criança ao comentar sobre seu grande sonho: conhecer a Disney. “Sempre falava para ele que trabalhava para conseguir, um dia, levá-lo para a Disneylândia, lugar que ele não foi ainda”, conta a mãe do fenômeno, que já ganhou o apelido de ‘Thorpedo’.
Yana, por sua vez, vai levando a vida a braçadas largas. E tentando conquistar títulos e nadando pelo mundo. Tanto que na última edição do Troféu José Finkel, o Campeonato Brasileiro, defendeu as cores do MTC, de Minas Gerais. E não deixou por menos: foi campeã das provas dos 400, 800, 200 e 400 metros. Ou seja, um ouro em Sydney já teve um certo gostinho de queijo.
O café, porém, ficou por conta do baiano Edvaldo Bala, com 1,94 m e 78 kg. Em sua primeira prova em sua primeira Olimpíada, o nadador que tem medo do mar foi o principal nome do quarteto brasileiro no revezamento 4 x 100 m livre. Mesmo tendo as estrelas Xuxa e Gustavo Borges, seu ídolo, ao lado. Enfim, um quarteto fantástico bronzeado mas porreta.