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Cavalos olímpicos têm regalias
Sábado, 16 Setembro de 2000, 14h19

Sydney - Todas as manhãs, Esmar Abadi acorda com a tarefa de cuidar de um investimento avaliado em milhões de dólares. Ele é o tratador do cavalo Baloubet du Rouet, que Rodrigo Pessoa vai montar na Olimpíada de Sydney. "É uma grande responsabilidade, dá até para ter um pouco de medo se a gente parar para pensar", diz.

Abadi sabe que está em suas mãos o bem estar de um cavalo cujo dono, Diogo Coutinho, recusou uma proposta de compra de US$ 5 milhões da princesa Haya, da Jordânia. Todos os dias, o tratador cuida para que Baloubet receba todo carinho, alimentação e tratamento de que precisa para manter a saúde, seja no Centro de Treinamento de Nelson Pessoa Filho, na Bélgica, ou em qualquer lugar do mundo onde a montaria esteja saltando.

"Para a gente dar certo neste tipo de trabalho não adianta pensar no dinheiro, ou nas oportunidades de viajar", diz Abadi, que há cerca de cinco anos abandonou um emprego em uma distribuidora de revistas em Goiânia para cuidar de cavalos junto com o cunhado, no Haras de Nelson Pessoa, na Bélgica. "Se a gente não faz por amor, não dá certo", garante.

A opinião é a mesma dos tratadores dos outros cavalos das equipes de saltos do Brasil, como o experiente Aparecido de Freitas Guimarães, que cuida do cavalo Ralph, de Luiz Felipe Azevedo. "O profissional tem de ter a noção de que ele não está viajando a passeio", explica, com a experiência de 24 anos de trabalho na área.

Guimarães explica que quando acontece algo de ruim ao cavalo o tratador precisa ser ágil para detectar o problema e providenciar um atendimento. "Nem tenho o costume de sair muito quando viajo com medo de que aconteça alguma coisa quando eu não estiver por perto", diz o tratador, eleito duas vezes o melhor do mundo no Concurso de Roma.

Benedito de Almeida, que cuida do cavalo Aspen, de Álvaro Affonso de Miranda Neto, sabe dos prós e contras de seu trabalho. "Uma das coisas boas é ter a oportunidade de estar em uma Olimpíada - estar aqui é um verdadeiro sonho", diz. Mas a profissão de tratador, segundo ele, também traz momentos difíceis, principalmente quando o cavalo faz viagens longas e não chega bem, ou adoece. "A gente pega amor e, quando ele está sofrendo, a gente se bate também”.

Agência Estado

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