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Sissi cita seleção masculina como exemplo negativo
Segunda-feira, 18 Setembro de 2000, 07h14

Sydney - A derrota por 2 a 1 para a Alemanha na segunda rodada do torneio feminino de futebol se transformou em alerta entre as jogadoras da seleção brasileira. A meio-campista Sissi deu nesta segunda-feira, véspera da partida contra a Austrália, um puxão de orelhas nas colegas.

A craque brasileira exigiu mais empenho e comparou o futebol apresentado por elas ao da seleção masculina, que foi derrotada por 3 a 1 pela África do Sul. "A gente fez como os meninos (que perderam para a seleção da África do Sul). Ficou tocando bola de lado, sem nenhuma objetividade e deu nisso", disse a jogadora. O Brasil enfrenta a Austrália e precisa vencer para passar à próxima fase da competição. A partida será disputada no Sydney Football Stadium.

Para Sissi, o time até que vem jogando bem do meio de campo para frente. O problema, diz ela, está na defesa. Sissi vê erro de posicionamento no miolo da zaga. "Pela primeira desde que a gente chegou aqui, o seu Zé (Zé Duarte, técnico da equipe) falou duro com a equipe. E com razão. Ele cobrou de todo o time e tenho certeza que a partir de agora, vamos deslanchar", disse.

Para Sissi, a partida contra a Austrália não vai ser fácil. "O pessoal está dizendo que o time da Austrália é fraco, mas não é", disse ela. "Elas não marcam tanto quanto a Alemanha, mas tem técnica. Vai ser um jogo de paciência", prevê.

A atacante Pretinha falou com cautela sobre o fato de a seleção feminina reunir hoje, maiores possibilidades de classificação para a próxima fase do torneio, em comparação com a seleção masculina. "A questão é que os outros times evoluíram muito. Hoje não tem mais ninguém bobo", disse ela.

A atacante tem uma receita para vencer o jogo contra a Austrália. "Nós temos de jogar bem abertos. Explorar o máximo possível as jogadas pelas pontas", ensinou. O técnico Zé Duarte tem ainda duas dúvidas para escalar a equipe. Tânia e Formiga, ainda sentem contusão. Se elas não reunirem condições, entram Nenê e Raquel.



Agência Estado

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