Sydeny - O filipino Louis Barbosa viajou 14 horas de Los Angeles até Sydney, mas não para assistir às competições olímpicas. Seu esporte é outro: reforçar sua coleção de 3.500 pins olímpicos até 1o de outubro.
"Comecei a colecionar os broches nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, e desde então não parei mais", disse ele, enquanto expunha seu material na barraca oficial de troca da Coca-Cola. O hobby é provavelmente o esporte mais popular dos Jogos. A Coca-Cola percebeu o interesse que os pins geravam e começou a patrocinar centros de troca em 1988, nos Jogos de Inverno de Calgari. A modalidade cresceu e nas Olimpíadas de Atlanta o número de unidades vendidas chegou a 60 milhões. Desta vez, o Comitê Olímpico Australiano (Socog) prevê comercializar cerca de 20 milhões de pins até o final do ano.
Para estas Olimpíadas foram preparados mais de 3 mil modelos de vários temas: esportes, países, caminhões, quebra-cabeças e as populares séries de contagem regressiva. Cada um custa a partir de 9,95 dólares australianos (cerca de 10 reais).
No estande da Coca-Cola, os mais disputados são os lotes de 350 unidades que vão sendo vendidos diariamente ao longo dos jogos e, no final, formam uma garrafa temática do refrigerante.
Para atrair a multidão, a empresa criou uma escola de pins. Depois de ouvir uma explanação de 20 minutos sobre a ``arte e a etiqueta'' de trocar broches, os participantes recebem um diploma de MPA (Masters of Pin Administration, uma brincadeira com os Masters of Business Administration dos EUA) e podem começar sua coleção.
"Está muito divertido", dizia Mark Myerson, de 7 anos, que compareceu à barraca para trocar pins pela primeira vez. "Descolei um broche do McDonald's bacana. Pelo momento é meu preferido."
Como estes são os jogos da Internet, os pins ganharam um site para que aficionados do mundo inteiro possam cultivar seu hobby. O endereço é www.cocacolapins.com.