Sydney - Adriana Behar e Shelda são o exemplo típico de que o vôlei de praia está se tornando cada dia mais profissional. Para garantir concentração total nos jogos do Circuito Mundial, e agora na Olimpíada de Sydney, a dupla conta com uma equipe de 12 pessoas que dão toda a assessoria necessária.
Para os Jogos, as atletas trouxeram cinco integrantes desse grupo.
"Temos massagista, fisioterapeuta, personal-trainer, toda a infra-estrutura para que a gente possa competir e ter as melhores condições possíveis enquanto estamos viajando", diz Shelda. Adriana explica que os salários dos funcionários são pagos pelo Vasco, clube patrocinador. "Sinceramente nem sei direito quando os dirigentes do Vasco gastam, porque além dos salários eles pagam viagens e estadias."
É com a ajuda desse grupo que elas esperam superar as dificuldades de disputar um torneio fora dos padrões normais do vôlei de praia na Olimpíada. Adriana Behar e Shelda enfrentam as alemãs Maike Friedrichsen e Danja Much às 2h20 desta quinta-feira, horário de Brasília.
Adriana Samuel e Mônica, a outra dupla brasileira, enfrentam as portuguesas Maria José Schuller e Ana Cristina Pereira à 1h25.
As jogadoras brasileiras estão acostumadas a disputar torneios do Circuito Mundial com duração de dois dias, com os jogos da fase de classificação no primeiro e a final no segundo. Na Olimpíada, os jogos da fase de classificação são disputados em intervalos de vários dias. Com muito tempo livre, o risco das duplas é "perder o pique".
Adriana Behar e Shelda apostam na fórmula tradicional para não perder a concentração. "Só vamos sair para conhecer a cidade de Sydney depois de encerrarmos nossa participação", disse Shelda. Enquanto isso não acontece, a rotina será da casa que alugaram em Bondi Beach para os treinos na praia e, depois, de volta para a casa.