Sydney - As duplas brasileiras do vôlei de praia vão ter de lidar com um adversário pouco conhecido em competições nos próximos dias: a ansiedade. Tanto no masculino quanto no feminino, as equipes terão um intervalo de quatro dias até o próximo jogo da rodada.
Uma situação diferente para os atletas do País, que estão habituados a disputar torneios com duração de um dia, com vários jogos seguidos.
"Sinceramente preferiria entrar em quadra contra meu próximo adversário ainda hoje", afirmou Zé Marco, que ao lado de Ricardo venceu a partida de estréia nos jogos contra os suecos Berg e Dahl por 15 a 5.
"É como se você participasse de uma competição, saísse dela e depois voltasse", descreve. O desafio dos jogadores, segundo ele, é conseguir voltar a competir no mesmo pique do jogo anterior depois do intervalo. O caso de Zé Marco e Ricardo é o mesmo de Loiola e Emanuel. Depois da vitória na estréia contra os australianos Grinlaubs e Slack, por 15 a 3, terão de esperar até sexta-feira. O ponto positivo foi a fácil vitória do primeiro jogo. "Tivemos concentração bastante para abrir uma boa vantagem, o que nos deu tranqüilidade", afimou o jogador depois da partida.
As mulheres, que jogaram no sábado, estão na mesma situação. A segunda partida de Adriana Behar e Shelda, assim como a de Sandra e Adriana Samuel, só será disputada na quinta-feira. A primeira dupla já definiu que irá realizar treinos leves até a próxima rodada do vôlei de praia e a Sandra e Adriana Samuel devem fazer o mesmo.
"A gente tem muita vontade de sair e passear um pouco pela cidade, uma vez que quando estamos competindo ficamos na rotina hotel/praia, praia/hotel", diz Adriana Behar sobre as atividades do Circuito Mundial. No entanto, a jogadora diz que dificilmente sairá dessa rotina até o fim da Olimpíada. "Já combinei com a Shelda que a gente só vai passear depois de terminada nossa participação nos Jogos."