Sydney - Os especialistas não imaginavam que nadar os 100m em menos de 48 segundos seria possível nesses Jogos Olímpicos de Sydney. Mas as marcas estão caindo, dia após dia, e ninguém duvida de mais nenhuma façanha no Centro Aquático Internacional. O holandês Pieter van den Hoogenband, de 22 anos e 1,93 m, provou que o limite da distância ainda pode cair, ao nadar os 100 m com facilidade, em incríveis 47s84, 34 centésimos mais rápido que a marca anterior, de Michael Klim, estabelecida no sábado (16), com 48s18.
No mesmo dia, o nadador-prodígio da Austrália, Ian Thorpe, ganhou a sua terceira medalha de ouro nos Jogos, com a equipe do revezamento 4x200 m, nado livre, também com recorde mundial, em 7min07s05.
Se não roubou a cena do jovem ídolo Ian Thorpe, um nadador da casa, o holandês Hoogie, um fã de futebol, que treina no PSV Eindhoven com o técnico Jacco Verhaeren, está dividindo o papel principal do espetáculo da natação e, principalmente, surpreendendo pelo seu desempenho. Hoogie, diferente de Thorpe, não chegou a Sydney para ser a estrela principal. Mas já ficou com o ouro e o recorde mundial, que era do australiano, nos 200 m (1min45s35).
Hoogie segue um programa de treinamento desenvolvido em uma fundação para nadadores criada há alguns anos por seus pais e que tem produzido um método único de treinamento sob a coordenação do técnico Jacco Verhaeren. No Campeonato Europeu, no ano passado, já vinha mostrando que seu nível técnico crescia ao vencer Aleksandr Popov nos 50 e 100 m, livre.
O recorde dos 100 m, era do russo Aleksandr Popov desde junho de 1994, com 48s21, quando a Olimpíada começou. No primeiro dia de provas, o australiano Michael Klim nadou a distância em 48s18, abrindo o revezamento 4x100 m, livre, com novo recorde. Uma marca que durou apenas dois dias na Olimpíada da água, que somou 22 recordes olímpicos e 10 mundiais em quatro dias de provas.
Mas "Thorpey", como o público chama Ian Thorpe, uma referência à palavra Torpedo (em inglês), não deixa o holandês brilhar sozinho. Voltou ao pódio mais uma vez com Michael Klim, Todd Pearson e William Kirby para o recorde mundial, com 7min07s05 (a marca anterior, também do time australiano era de 7min08s79, de agosto de 1999).
Na final dos 200 m, borboleta, Tom Malchow, estabeleceu novo recorde olímpico, com o tempo de 1min55s35. Na final dos 200 m, medley, feminino, o ouro ficou com a ucraniana Yana Klochkova, com o tempo de 2min10s68, recorde olímpico. A australiana Susie O´Neill ficou com o ouro nos 200 m, livre, com o tempo de 1min58s24.