Sydney - Hortência está pensando até em comemorar o aniversário com uma festinha na Austrália (faz 41 anos no sábado). Melhor ainda se for o dia de folga das meninas da seleção brasileira de basquete, suas convidadas. Paula sai para jantar todos os dias, já conheceu as praias de Manly e Bondi, foi ao centro de entretenimento de Sydney, ao zôo e está planejando fazer o passeio de duas horas de ferry boat pelas baías da cidade sede dos Jogos Olímpicos. Além do turismo e do trabalho, as duas aproveitam o tempo na Austrália para dar conselhos e incentivar a equipe do Brasil que luta pela medalha.
Quatro anos depois de ganhar a medalha de prata na Olimpíada de Atlanta, em 1996, as duas fazem parte do grupo de ex-atletas que veio a Sydney para acompanhar os Jogos do outro lado. Paula passa uma parte de seus dias no ICB - Internacional Broadcasting Centre -, onde faz seus comentários na SporTV. Hortência está sempre na quadra, também como comentarista, para a Bandeirantes.
As duas acreditam que o Brasil pode passar em segundo do grupo na fase de classificação e garantem que não sentem saudades de estar em quadra ao verem a seleção atuar. "Sou torcedora aqui e sempre que posso boto confiança na cabeça delas", observa Hortência. "Mas minha carreira passou, tudo o que vivi foi excelente, maravilhoso e agora estou em um outro momento."
Hortência admite que teve saudade do seu tempo como atleta quando conversou com o judoca Tiago Camilo, que ganhou a medalha de prata na categoria leve (73 kg). "Quando vi a medalha dele foi a hora que eu lembrei, puxa, tenho uma igualzinha."
Paula revela que se sente superfeliz por ser uma ex-olímpica e que não tem saudades. "Também é bom estar fora das quadras", ressaltou a ex-armadora da seleção, que está fazendo curso de administração esportiva na Getúlio Vargas, em São Paulo, além do trabalho como comentarista. "Estou bem ocupada."
Paula gostou muito de Barcelona, apesar do basquete do Brasil ter ficado com o 7º lugar. De Atlanta, recorda-se da medalha de prata, mas não tem saudades da organização da Olimpíada de 96. Gostou tanto de Sydney que tem sua sugestão: a cidade australiana pode ser oficializada como sede fixa dos Jogos Olímpicos.
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