São Paulo – O judoca paulista Carlos Honorato só tem uma coisa em mente agora: picanha.
Depois de conquistar a prata na categoria até 90 quilos, ele pensa em curtir a festa com os amigos. "Estou com saudade daquela picanha com dois dedinhos de gordura", disse o judoca.
Com problemas com a balança, ele não quer nem saber de controlar o peso. Honorato admite ter problemas para se manter no peso.
"Mas não adianta os adversários pensarem que vou engordar e mudar de categoria. Pelo menos por enquanto, eles vão ter de me aturar por muito tempo", falou.
Pouco depois da seletiva, o judoca chegou a engordar oito quilos - mas ficou no ponto quando soube que, de reserva passaria a titular da equipe do Brasil nos Jogos Olímpicos de Sydney.
"Cheguei aqui já no peso. E isso foi essencial para mim na hora de treinar. Se você trabalha com o peso certo, já treina dentro de sua categoria, sem precisar fazer esforços maiores para chegar ao peso exigido", disse Honorato, que em Atlanta-96 havia sido reserva do time brasileiro.
Para chegar ao pódio em Sydney, Honorato derrotou Krisna Bayu, da Indonésia, por ippon; Fernando Gonzalez, da Espanha, por um waza-ari; o japonês Hidehiko Yoshida, por ippon; e o francês Frederic Demontfauccon. Na final, contra o holandês Mark Huizinga, sofreu um ippon e acabou com a prata.