Sydney - O retumbante fracasso olímpico pode ter decretado o fim da Era Luxemburgo no comando da seleção brasileira. Em
meio a discussões e o desempenho pífio de craques renomados na Olimpíada,
ficou evidenciada a crise de comando.
Um comando que chama mais a atenção pelas vaidades pessoais e escândalos do que por seus sucessos.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, que deixou o estádio no ônibus da
delegação brasileira, não abre a boca, mas nem Wanderley é capaz de garantir
sua permanência no cargo.
"Eu nunca vou entregar o cargo porque sou um profissional e o meu projeto é
a Copa do Mundo de 2002", disse Wanderley, antes de se trair pelas
palavras. "Não estou preocupado com o meu futuro e sim com os jogadores
jovens e talentosos que temos. Não quero que eles sejam execrados."
Sem apontar o dedo e culpar ninguém desta vez, Wanderley chegou à entrevista
coletiva com um discurso mais humilde e até pediu desculpas aos torcedores
brasileiros.
"Estou muito triste e chateado, assim como estão 180 milhões de
brasileiros. Quero pedir desculpas", disse o técnico, superestimando a
população brasileira. "Às vezes, é de uma derrota que sai um time campeão."